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GERAL

Cães de coordenador de museu são resgatados em situação crítica no Acre

Publicado em

Foto: ac24horas

A denúncia de maus-tratos contra quatro cães do coordenador do Museu dos Povos Acreanos, Ferleno Ferreira, gerou uma movimentação em Rio Branco e reacendeu o debate sobre a responsabilidade com animais no estado. Os animais foram resgatados na última sexta-feira (29) em situação crítica, com sinais de abandono e desnutrição, após denúncia de vizinhos.

A ONG Patinha Carente, acionada pelos moradores do Conjunto Bela Vista, onde Ferleno reside, foi a primeira a chegar ao local e encontrou os cães em estado debilitado. A Polícia Militar, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Centro de Zoonoses da prefeitura e o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) também estiveram presentes no resgate.

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Imagens que circulam nas redes sociais mostram os cães magros e abatidos, evidenciando a gravidade da situação. Segundo a ativista Vanessa Facundes, que recebeu a denúncia, os animais estavam abandonados, sem comida e água.

Ferleno, que se encontra em Brasília a trabalho, alegou ter deixado a alimentação dos cães sob a responsabilidade de um filho e apresentou comprovantes de compras de ração. Ele acredita que a situação debilitada dos animais seja resultado de alguma doença.

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No entanto, a denúncia e as imagens dos cães resgatados levantaram questionamentos sobre a responsabilidade de Ferleno com os animais. A situação coloca em xeque a imagem do coordenador do Museu dos Povos Acreanos, que deveria ser um exemplo de respeito à cultura e à vida, inclusive a dos animais.

O caso ganhou repercussão e está sendo investigado pelo MPAC. A denúncia e a investigação reacendem o debate sobre a necessidade de maior rigor na fiscalização de casos de maus-tratos a animais e sobre a importância da conscientização sobre a responsabilidade de quem decide ter um animal de estimação.

Acompanhe a nota abaixo envidado por Ferleno

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Nota de Esclarecimento

Esta situação, ocorrida neste sábado, 30, em minha casa, envolve a mim e, indiretamente, ao meu filho menor.

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Estou sendo acusado de maus tratos aos meus quatro cães. Dizem que abandonei os cães na minha casa, sem comida e água. Falaram que viajei e deixei os cães abandonados à própria sorte, o que não é verdade.

Meu filho está na casa com a mãe dele. Os dois moram na casa e em nenhum dia dormiram fora. Meu filho estuda de 7h às 14h e a mãe trabalha o dia todo como servidora pública e está em tratamento de saúde.

Como coordenador do Museu dos Povos Acreanos, viajei domingo, 24, para participar durante a semana do 8⁰ Fórum Nacional de Museus, em Fortaleza (CE), de onde estou retornando neste sábado, 30. Antes, de 10 a 15 de novembro, viajei também a trabalho para Tarauacá.

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Meu filho ficou responsável pela tarefa simples de alimentar os cães, o que eu já havia delegado para ele no dia a dia, tendo em vista que passo o dia fora quando estou em Rio Branco.

Portanto, declaro publicamente que os cães são alimentados todos os dias, bem como disponibilizada água.

Meu erro foi não ter fiscalizado com rigor as tarefas que passei para meu filho.

Os cães ficaram magros, não foi por falta de alimento, mas por terem contraído alguma doença, pois são alimentados diariamente. A situação dos cães aparentarem sintomas de alguma doença não me foi comunicada por meu filho.

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A prova do que digo é que a única cadela que fica separada dos outros, devido ao cio recente e sua idade avançada, não ficou doente e não emagreceu pelo fato de não ter tido contato com os outros.

Volto a repetir: errei em não fiscalizar com o devido rigor os cuidados que meu filho deveria ter com os cães. Digo mais: meu filho não tem culpa, pois é apenas um adolescente. Por isso, assumo 100% a culpa de não ter percebido que os cães estavam doentes.

Além da exposição do caso, agora tenho um filho em casa que não para de chorar, sentindo culpa por tudo isso, e eu com o desafio de lidar com tanto sofrimento dele.

Meu filho sofreu muito com a minha separação, ficou depressivo e chegou a tomar ansiolítico para melhorar. Agora, só chora com essa situação.

É difícil para ele ver e ouvir essas coisas, pois não maltratamos os cães. Ele adora os cães. Perdemos nossa Salsichinha há alguns uns meses, sendo que ela morreu velhinha, com glaucoma, nos braços dele.

Reafirmo que não fizemos mal aos cães e terei oportunidade de me defender no momento oportuno, incluindo prints das conversas com meu filho sobre os animais, principalmente com comprovantes da compra de ração para alimentá-los.

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