Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
RIO BRANCO
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

GERAL

CASO AURORA: Polícia afirma que água do banho da bebê pode ter alcançando 57°C

Publicado em

O caso da recém-nascida Aurora, que sofreu queimaduras possivelmente causadas por água excessivamente quente durante um banho na Maternidade de Cruzeiro do Sul, acendeu um alerta sobre a segurança e os protocolos de cuidados com recém-nascidos. A investigação policial, liderada pelo delegado Vinícius Almeida, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, aponta para uma temperatura da água que pode ter atingido 57°C.

A gravidade do caso reside na potencial temperatura da água, considerada extremamente perigosa para uma criança recém-nascida, cuja pele é extremamente sensível. Testemunhas corroboram a informação, relatando a água como “muito quente”, com algumas afirmando ter visto vapor. A perícia comprovou que a torneira da maternidade é capaz de atingir essa temperatura máxima. Embora não se tenha certeza se a água estava exatamente a 57°C no momento do banho, a possibilidade é alarmante, especialmente considerando o relato da própria mãe de Aurora, que também percebeu a alta temperatura da água.

A investigação também se concentra na ausência de um termômetro para aferir a temperatura da água, indicando uma falha crucial nos protocolos de segurança da maternidade. O método utilizado era o teste manual, usando o dorso da mão ou o cotovelo, um método notoriamente impreciso e sujeito a erros. A utilização de um chuveiro elétrico, em vez de um sistema de aquecimento solar (boiler), também levanta questionamentos sobre os controles de temperatura disponíveis.

Continua depois da publicidade

A possibilidade de Aurora possuir epidermólise bolhosa, uma doença genética rara que causa extrema fragilidade na pele, adiciona outra camada de complexidade ao caso. Embora esse diagnóstico seja investigado através de exames, a investigação não descarta outras hipóteses, buscando esclarecer todas as circunstâncias que levaram ao incidente. A pediatra responsável pela alta de Aurora no mesmo dia do incidente atestou seu estado de saúde como perfeito antes do banho, ressaltando a gravidade do ocorrido e a necessidade de apuração rigorosa dos fatos.

O caso de Aurora expõe a fragilidade dos protocolos de segurança em maternidades e a necessidade urgente de revisão das práticas de higiene e cuidados com recém-nascidos. A investigação policial deve apurar não apenas a responsabilidade pela negligência, mas também propor medidas para prevenir futuros acidentes semelhantes, garantindo a segurança de todas as crianças em ambientes hospitalares. A falta de um termômetro e o uso de métodos imprecisos para controlar a temperatura da água demonstram a necessidade de protocolos mais rigorosos e a implementação de medidas de segurança mais eficazes. O desfecho deste caso servirá como um importante precedente para a melhoria dos padrões de segurança em maternidades em todo o país.

Propaganda
Advertisement