GERAL
Cesta Básica em Rio Branco: Alta de quase 10% coloca pressão sobre o orçamento familiar

O custo da cesta básica de alimentos em Rio Branco subiu 9,79% entre dezembro de 2024 e março de 2025, atingindo R$ 663,48, de acordo com a Fecomércio/AC. Essa alta, superior ao trimestre anterior, coloca uma pressão ainda maior sobre o orçamento das famílias de baixa renda na capital acreana.
Quais os produtos que mais impactaram o aumento?
-Banana-prata: O destaque negativo fica por conta da banana-prata, que disparou 52,58% no período.
-Farinha de mandioca: Outro item que sofreu um aumento significativo foi a farinha de mandioca, com alta de 22,54%.
-Feijão: O feijão também contribuiu para a alta, com um aumento de 18,46%.
E o que caiu de preço?
-Pão francês: Apesar da alta expressiva de 33,36% entre janeiro e fevereiro, o pão francês teve uma queda de 31,27% no acumulado do trimestre.
-Óleo de soja: O óleo de soja também apresentou queda de 13,94%.
-Macarrão: O macarrão teve uma redução de 11,37% no período.
Oscilações e seus impactos
A pesquisa da Fecomércio/AC demonstra a volatilidade dos preços dos alimentos, com oscilações mensais influenciadas por diversos fatores, como clima, câmbio, taxa Selic e instabilidade econômica. Essa instabilidade impacta diretamente o poder de compra das famílias, especialmente as de baixa renda.
O que fazer?
A situação exige atenção e medidas para minimizar o impacto da alta da cesta básica no orçamento familiar. É fundamental buscar alternativas para economizar, como comparar preços, aproveitar promoções e diversificar a alimentação. O acesso a programas sociais e políticas públicas voltadas para a segurança alimentar também são importantes para garantir o acesso a alimentos básicos para as famílias mais vulneráveis.
A realidade acreana
O estudo da Fecomércio/AC reflete a realidade de boa parte da população do Acre, onde metade das famílias vive abaixo da linha da pobreza. Com o novo salário mínimo de R$ 1.518,00 em 2025, as famílias com renda total de até R$ 4.554,00 (equivalente a três salários mínimos) ou com renda individual de até R$ 759,00 (meio salário mínimo) são consideradas de baixa renda. A alta da cesta básica coloca em risco a segurança alimentar dessas famílias e exige ações coordenadas para garantir o acesso a alimentos básicos e a dignidade humana.
