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Com nova alta, Brasil tem segunda maior taxa de juros reais do mundo

Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, o Brasil avançou uma posição no ranking global de juros reais, a taxa de juros descontada a inflação, e agora ocupa o segundo lugar, atrás somente da Turquia.
Na reunião desta quarta-feira, dia 18, o Copom elevou a Selic de 14,75% para 15% ao ano. É o nível mais alto registrado no país desde maio de 2006, quando a taxa estava em 15,25% ao ano. Todos os diretores do Banco Central votaram de forma unânime pela nova alta, que também marcou uma desaceleração no ritmo de elevação: em maio, o aumento havia sido de 0,5 ponto percentual, depois de três elevações seguidas de 1 ponto.
Com o ajuste, os juros reais do Brasil subiram de 8,65% para 9,53% ao ano, conforme cálculo do Portal MoneYou e da Lev Intelligence. O levantamento considerou a projeção de inflação de 5,25% para os próximos 12 meses, segundo o último Boletim Focus do Banco Central, e a estimativa do juro de mercado.
No topo do ranking segue a Turquia, com taxa real de 14,44% ao ano. O Brasil aparece à frente de países como Rússia (7,63%), Argentina (6,70%) e África do Sul (5,54%). A média global dos juros reais, segundo o levantamento que analisou 40 países, é de 1,67% ao ano.
Em termos nominais, sem descontar a inflação, a Selic mantém o Brasil no quarto lugar mundial, superando Colômbia, México e África do Sul, mas ainda abaixo de Turquia, Argentina e Rússia.
