Prestes a completar sete meses da morte do menino Henry Borel, morto aos quatro anos de idade, em oito de março deste ano, no Rio de Janeiro, o julgamento dos acusados, o padrasto Jairo Souza Santos Junior, conhecido como “Dr. Jairinho”, e a mãe da criança, Monique Medeiros, começa a ser preparado com a perspectiva de que eles podem pegar, cada um, até 40 anos de prisão. O promotor do caso, Fabio Vieira, defende esta condenação pesada com base no caso de um homicídio triplamente qualificado, com pena de 30 anos, e o de um terço pelo fato de o Henry ser uma criança.
De acordo com o promotor, “Dr. Jairinho” sentia prazer no sofrimento de crianças, e a motivação para matar Henry teria sido para satisfazer o seu próprio prazer. “O vereador tinha esse comportamento há anos contra crianças e não porque elas o atrapalhavam de alguma maneira, e sim, porque ele sentia prazer no sofrimento dessas crianças”, disse o promotor na manhã desta q2uarta-feira (06), citado pela imprensa no Rio de Janeiro. “Entendo que a motivação desse crime seria sua satisfação, seu prazer em vê-las sofrer. Em relação ao Henry, ele já não se importava se essa criança morreria ou não”, acrescentou.
As audiências de instrução e julgamento do caso começam hoje no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro com a presença da mãe da criança, e acompanhamento remoto, por vídeo, do padrasto, que está preso desde abril A expectativa é de que os acusados esclareçam perguntas ainda sem respostas sobre o que aconteceu naquela noite de oito de março.
O engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, afirmou que espera uma punição “proporcional à brutalidade” para a mãe de seu filho, Monique Medeiros, e ex-vereador. Ele acompanha o primeiro dia de audiência do caso no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro e espera que o casal seja condenado a uma de pelo menos 40 anos de prisão. O inquérito da Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) apontam que Henry foi espancado até a morte no apartamento.