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Comentários xenofóbicos de estudante acreana geram repercussão nacional

A estudante de medicina Assúria Nascimento de Mesquita, 20 anos, filha do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanipal Mesquita, tornou-se alvo de intensa repercussão nacional após a publicação de comentários xenofóbicos contra os moradores do Acre nas redes sociais. A notícia foi amplamente divulgada em veículos como CNN Brasil, Revista Fórum, Folha de S. Paulo e G1.
As declarações de Assúria, feitas na plataforma X (antigo Twitter), incluíam frases como “Tenho asco de acreanos” e “a melhor coisa do meu namorado é que ele não é acreano”. Ela também declarou considerar um elogio ser confundida com alguém de fora do estado, por se achar “bonita e diferente o bastante para não ter nascido no acril “. Essas postagens geraram indignação e repúdio nas redes sociais.
Entidades estudantis, como o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFAC e a Atlética Sinistra, emitiram notas de repúdio e solicitaram medidas contra a estudante. O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou uma notícia de fato criminal e requisitou a abertura de inquérito policial para apurar a ocorrência de crime de xenofobia, que, segundo o STJ (Superior Tribunal de Justiça), pode ser enquadrado como crime de racismo em casos de discriminação por origem regional.
Nota pública e arrependimento
Em resposta à repercussão, o pai da estudante, Assurbanipal Mesquita, divulgou uma nota pública afirmando que a filha se arrepende profundamente das declarações e que suas opiniões não refletem os valores da família.
O caso de Assúria destaca a gravidade da xenofobia e a necessidade de combate a esse tipo de preconceito. A repercussão nacional demonstra a sensibilidade do tema e a importância de se promover a inclusão e o respeito à diversidade regional.
