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GERAL

Como comprar disco de vinil barato? Qual é o preço? Tire dúvidas 

Publicado em

Discos de vinil Imagem: Unsplash

Ninguém é obrigado a saber tudo. Mais ainda quando a pauta é disco de vinil, formato já dado como morto e que hoje ressurge como hobby de milhões de pessoas. Mas buscar informação, como já nos asseverara o ET Bilu, é primordial. E perguntas estão sendo feitas e refeitas a todo momento na internet.

Como esta coluna é um lugar de informação, análise e, principalmente, de prestação de serviço sobre mídia musical física, seja para o leitor versado ou para o iniciante —e está tudo bem ser um—, respondo a seguir dez dos questionamentos mais buscados no Google sobre o assunto. Você já teve alguma destas dúvidas?

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Qual o valor de um disco de vinil? 

Depende. Um disco novo, de procedência nacional, costuma sair por pelo menos R$ 140. Importados, em geral, custam mais de R$ 200, com suas taxas de importação embutidas —nos EUA, o preço médio é de cerca de US$ 25. Em caso de LPs usados, a coisa é mais elástica: eles podem ir de R$ 1 real até o “infinito”.

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Por que o disco de vinil é tão caro? 

Vários fatores contribuem para isso. A escassez de matéria-prima após o incêndio na fábrica Apollo Masters, nos Estados Unidos, que fornecia insumos de prensagem (acetato) para o mundo inteiro, pesou na inflação do vinil.

A explosão na procura por LPs na pandemia, com poucas fábricas atendendo tanta demanda, e a guerra na Ucrânia também afetaram o mercado internacional contribuindo para a escalada de preços.

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Como comprar vinil barato? 

Por experiência própria: a internet é sua melhor amiga. Inclusive para se adquirir discos importados, com bons preços e edições caprichadas. Dois sites são obrigatórios nesse quesito, apesar de não serem os únicos: o americano Discogs e o dinamarquês iMusic. Já escrevi sobre eles.

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No caso do Discogs, para não se sentir enganado(a) comprando usados, é importante conhecer o sistema de classificação que indica o estado de conservação do disco. É daqueles que prefere comprar pessoalmente em feiras e lojas? OK. Mas pechinche sempre.

Quanto tempo dura um disco de vinil? 

O vinil é uma mídia física como qualquer outra. Deteriora-se com o passar do tempo. Mas não há um prazo de validade definitivo. Um LP pode durar tranquilamente mais de cem anos sem perder características sonoras.

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Mas, para que isso aconteça, é preciso armazená-lo e manuseá-lo de forma correta, além de executá-lo em toca-discos de qualidade, para evitar o desgaste natural do material a partir da fricção com a agulha. Nesse caso, maletinhas portáteis não são uma boa ideia.

Qual a diferença entre disco e vinil? 

Simples: discos de vinil são feitos de… vinil. Mas nem sempre foi assim. Existiam os de goma laca e de acetato, por exemplo. O vinil foi introduzido em discos nos anos 1930, em versão de 7 polegadas e baixa fidelidade. O disco de vinil que você conhece, o LP, chegou em 1948, com sua maravilhosa tecnologia de microssulcos e alta qualidade sonora.

Eles vieram para substituir os populares discos de goma laca de laca de 78 rotações —aqueles que tocam em gramofones—, que eram mais pesados e frágeis, com capacidade de armazenamento reduzida.

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O que significa LP?

“Long play”. Algo como “disco longo”. Ele se tornou padrão na indústria a partir dos anos 1950 e 1960. Foi quando a ideia de “álbum” se consolidou: uma obra completa, dentro de um conceito artístico. Não mais um apanhado de músicas gravadas em um disco.

Em geral, o LP possui 12 polegadas de diâmetro (30 cm) e duração de até cerca de 45 minutos, com músicas dos dois lados. É executado em 33 1/3 rotações por minuto. Não confundir com EP (“Extended play”), de discos de 7 ou até 12 polegadas, contendo menos músicas que os LPs.

Como funciona som vinil? 

Outro tema que já abordei. Resumidamente: todo vinil possui ranhuras em sua superfície. São trincheiras minúsculas cujas paredes, irregulares, contém informações sonoras codificadas.

Elas são “lidas” quando a agulha do toca-disco, acoplada em uma cápsula, atravessa essas paredes realizando pequenos ziguezagues. Esses movimentos são transformados em sinal eletromagnético pela cápsula e enviados ao amplificador e alto-falantes.

O som do vinil é melhor que o do CD?

Pergunta polêmica. E desnecessariamente. A resposta definitiva deste colunista: depende do seu gosto.

O som do vinil é analógico, resultado de uma leitura física. Possui um pouco mais de distorção em frequências baixas que o digital e uma sonoridade mais “arredondada” e “quente”.

Comparado ao analógico, é como se o CD tivesse um som mais nítido, mas também mais “metálico” e “frio”. O melhor? Não existe.

O que fazer com discos de vinil antigos? 

Conselho: você pode comprar um aparelho de som para usufruir das maravilhas da experiência analógica. Mas também pode simplesmente vendê-los em lojas de usados, para colecionadores ou na internet, onde conseguirá os melhores preços. Pesquise e descubra quanto eles valem. Já escrevi sobre isso aqui.

Qual o valor do disco de vinil antigo? 

Mais uma vez depende. Da edição em questão —primeiras prensagens e edições limitadas e únicas valem mais—, do quanto o artista é cultuado no meio colecionista —Jorge Ben e Kate Bush valem, mais que Roberto Carlos e Julio Iglesias, por exemplo— e do estado de conservação do disco. E o mesmo vale para CDs e outros formatos.

Não há limite de preços. Por exemplo, um LP do “Álbum Branco” dos Beatles, de primeira prensagem e que pertenceu a Ringo Starr, já foi arrematado por nababescos US$ 790 mil.

E o CD “Once Upon a Time in Shaolin”, do grupo de rap de Wu-Tang Clan, teve sua única cópia fabricada vendida por US$ 2 milhões. E essa maluca história virou caso de polícia e teve um fim surpreendente.

 

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