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GERAL

Consumidores podem ser ressarcidos desde que consigam comprovar prejuízos com apagão

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Na terça-feira, 15, um apagão atingiu 25 estados e o DF, deixando quase o Brasil inteiro apagado. As causas do blecaute continuam sendo apuradas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A interrupção na energia durou menos de uma hora na maior parte das cidades atingidas, o suficiente para atrapalhar a rotina de muita gente em vários lugares do país.

Os inúmeros prejuízos de uma manhã sem eletricidade foram contabilizados pela população, mas a instituição responsável pela falha pode ser penalizada, como explica a advogada Renata Abalém, que é diretora jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor de São Paulo. Segundo ela, todo tipo de prejuízo que o consumidor tenha percebido, pode ser ressarcido, desde que esse consumidor tenha provas desse prejuízo para apresentar durante o ressarcimento.

“Não adianta eu mencionar que tive um prejuízo com horas trabalhadas em home office, se eu não conseguir provar que aquele horário do apagão, em que minha região ficou sem energia elétrica, eu deveria estar trabalhando e não estive trabalhando. Todo tipo de prejuízo pode — e deve — ser ressarcido desde que o consumidor faça provas sem discussão alguma que, realmente, ele teve esse prejuízo.”

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O consumidor quando for solicitar o ressarcimento ou pedir a indenização, precisa estar com todas as provas em mãos. Esse pedido deve ser feito para a concessionária de energia elétrica que fornece energia para a região.

“As provas são obtidas de qualquer forma que se puder comprovar. Seja com atestado do chefe, comprovando horário de trabalho, declarações. Foto, vídeo, para fazer um conjunto de provas” orienta a advogada.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, ele tem até 3 anos para pedir ressarcimento pelos danos causados, mas a advogada orienta o usuário a não esperar tanto tempo para buscar seus direitos.

“Assim que ações e essas provas do consumidor forem coletadas, as investigações estiverem caminhando e a gente tiver noção do que aconteceu, o consumidor pode, sim, pedir imediatamente esse ressarcimento.”

Nesta quarta-feira (16) o ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou que o ocorrido desta terça nada tem a ver com os apagões que deixaram o Brasil no escuro anos atrás. Segundo ele, hoje não há falta de energia no país.

“A gente que viveu alguns apagões no Brasil, foram períodos onde nós tínhamos crise de geração de energia, ou seja, reservatórios de água estavam em baixa, aí você tinha mais demanda do que oferta de energia, o que levava ao colapso do sistema. Não é o caso nesse momento, nós estamos com sobra de energia.”

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O ministro disse ainda que o governo está determinando e cobrando urgência para o detalhamento das causas do que aconteceu. Segundo ele, “foi erro técnico”. E o que aconteceu precisa ser apurado com urgência.

Entre as 27 unidades da federação, a única não afetada foi Roraima. A pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) vão apurar as causas do apagão. Além disso, a Aneel, ONS e outros órgãos farão investigações internas sobre o ocorrido na terça.

A ligação entre esses quatro sistemas é feita por 179 mil quilômetros de linhas de transmissão. Roraima é o único estado brasileiro que não está interligado ao sistema elétrico. Por isso, não sofreu com a interrupção desta terça-feira.

Impactos do apagão são os mais variados, sendo eles; Semáforos apagados, que geraram caos no trânsito; Queda de sinais de internet e telefonia móvel; Dispensa em escolas e universidades; Prejuízo em comércios.

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