Crise na Educação: Professores do Acre entram em greve e ano letivo pendura na corda bamba

Rio Branco, AC – A educação no Acre está em estado de alerta. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) anunciou uma greve geral por tempo indeterminado, com início na próxima quarta-feira, 7 de agosto, às 8 horas da manhã, em frente ao Palácio Rio Branco. A paralisação, que abrange todos os servidores públicos da rede estadual de educação, é uma resposta à frustração com as negociações salariais.

Segundo o Sinteac, as reivindicações da categoria, que incluem a correção salarial e outros pontos de pauta, não foram atendidas pelo governo do estado. A entidade ressalta que a greve não prejudicará os alunos, com a garantia de que todos os dias letivos serão cumpridos. No entanto, a paralisação representa um grande risco para o calendário escolar, especialmente se a greve se prolongar.

O Sinteac, em um gesto de boa fé, notificou o governo do estado sobre a greve, deixando aberta a possibilidade de negociações para evitar a paralisação. A entidade enfatiza que a negociação coletiva é a melhor alternativa para solucionar o impasse, buscando um acordo que atenda aos interesses dos trabalhadores e da população.

A greve é um reflexo da insatisfação da categoria com a falta de valorização salarial. Em assembleia geral realizada em Tarauacá no dia 9 de julho, os professores decidiram que, caso as negociações com o governo não avançassem, a greve seria deflagrada após o recesso escolar. A reivindicação principal é a recomposição salarial de 10% em duas parcelas.

A situação coloca em xeque o futuro do ano letivo no Acre. A greve, se mantida, poderá impactar diretamente o aprendizado dos alunos, além de gerar transtornos para as famílias. A expectativa é que o governo do estado retome as negociações com o Sinteac em busca de uma solução que evite a paralisação e garanta a continuidade do ensino na rede estadual.