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Datafolha: 65% dos ingressantes no Ensino Médio querem modelo flexível
Pesquisa Datafolha publicada nesta segunda-feira (11/3) mostra que 65% dos alunos ingressantes no Ensino Médio no Brasil preferem um modelo de currículo flexível, com uma parte comum a todos os alunos e outra específica, de acordo com a área de maior preferência. Este é o formato proposto pelo chamado Novo Ensino Médio, que começou a ser implementado em escolas do país inteiro, mas que tem uma possível revisão tramitando na Câmara dos Deputados.
O levantamento foi encomendado pela ONG Todos Pela Educação e ouviu presencialmente 463 alunos de todas as regiões do país, entre os dias 29 de janeiro e 6 de fevereiro deste ano. Foram consultados jovens de 14 a 16 anos, de escolas públicas e particulares, que ingressaram no primeiro ano do Ensino Médio em 2024. A margem de erro é de 5 pontos para mais ou para menos.
Enquanto 65% dos alunos prefere currículo flexível, 34% preferem o modelo pré-reforma do Ensino Médio, com as mesmas disciplinas para todos os alunos. Dos 65% que optaram pela flexibilidade de matérias, 29% querem a possibilidade de complementar as matérias do ensino médio com um curso técnico profissionalizante, e 35% desejam que as matérias de aprofundamento de cada aluno sejam oferecidas em turno diferente das matérias comuns a todos os alunos.
Oito em cada dez alunos escolheriam se aprofundar em apenas uma área de conhecimento, e 15% em duas. Dos que escolheram uma área, 36% preferem Linguagens, 16% Ciências da Natureza, 16% Ciências Humanas e 13% Matemática.
Pouco mais da metade dos entrevistados (53%) respondeu não estar bem informado sobre a proposta do novo Ensino Médio. Entre os que dizem ter conhecimento das mudanças, 36% as consideram “pouco positivas”; enquanto 34% avaliam como “muito positivas”; 14% como “um pouco negativas”; 6% como “nem positivo nem negativo” ou “um pouco negativas” e 4% não souberam opinar.
Os estudantes que se interessam em fazer um curso técnico junto ao ensino médio também foram perguntados se desistiriam caso tivessem menos aulas de matérias cobradas em provas do Enem e vestibulares. Destes, 77% não desistiriam e 21% sim.