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Defesa de ex-vereador do Acre quer liberdade de acusado de assassinar vizinho boliviano

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O ex-vereador de Capixaba, Mauristelio Tessinari de Sousa, também conhecido como Teio, encontra-se em uma situação jurídica delicada. Seu advogado, Sanderson Moura, está buscando a liberdade do cliente, enquanto o representante do Ministério Público, o promotor de Justiça Carlos Augusto Pescador, se opõe a essa solicitação. É importante lembrar que Teio era considerado foragido da Justiça antes de sua prisão.

Após mais de um ano em fuga, Teio decidiu se apresentar para prestar depoimento na Vara do Tribunal do Júri Popular, em Rio Branco, onde acabou sendo detido. O motivo da sua prisão está relacionado ao assassinato de um vizinho de nacionalidade boliviana. A vítima, Antônio Deuzimar Santiago da Silva, de 49 anos, foi morta nas proximidades da fazenda onde ambos residiam, no ramal da Vila Navarro.

De acordo com a defesa de Teio, o crime foi cometido em legítima defesa. Alega-se que o boliviano furtava gado da propriedade do ex-vereador e ainda teria tentado tirar-lhe a vida. No entanto, a tese da legítima defesa é contestada diante do número de tiros disparados contra a vítima – pelo menos quatro.

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Conforme apontado pela denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a vítima estava passando pelo ramal durante uma viagem até uma propriedade rural boliviana onde mantinha animais e pastagens arrendadas. Ao desembarcar do veículo para abrir uma porteira, foi surpreendido pelo acusado.

O MP-AC sustenta que o ex-vereador, além de trabalhar com arrendamento de gado e pastagens, estava envolvido no furto da parte que era devida ao proprietário dos animais. Para evitar pagar a dívida, ele teria apontado a vítima como responsável pelos furtos. Diante desse contexto, o assassinato teria sido cometido com o objetivo de assegurar impunidade no crime de furto de gado.

A expectativa é que Teio enfrente o julgamento nos primeiros meses de 2024 e seja acusado de homicídio qualificado.

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