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Defesa de Nery ganha reforço com advogado Carlos Venicius

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Recentemente denunciado pelo Ministério Público pelo crime de tentativa de homicídio qualificado contra o estudante de medicina Flávio Endres, o sargento da Polícia Militar Erisson Nery, através de sua representante legal Helane Christina da Rocha Silva, acaba de anunciar o incremento em sua equipe para a fase da instrução criminal, que se segue à aceitação de denúncia pelo Judiciário.

Junta-se a equipe da advogada, para defesa do militar, o criminalista Carlos Venícius Ferreira Ribeiro Junior, dono de uma considerável experiência no tribunal do Júri. A dupla tem às mãos a missão de prover o direito constitucional do réu de um caso que ganhou grande repercussão perante a opinião pública.

Erisson Nery atirou contra Flávio Endres no dia 28 de novembro do ano passado, em Epitaciolândia, no interior do Acre. A vítima levou ao menos quatro tiros que o deixaram com sequelas em uma das mãos e com uma lesão interna na região do abdômen. O estudante também ficou com debilidade permanente da função mastigatória (fratura do dente incisivo que ocasionou sua perda).

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Nery responde pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de porte irregular de arma de fogo de uso permitido e por lesão corporal de natureza grave. A denúncia do Ministério Público foi oferecida à Justiça pelo promotor Rodrigo Fontoura de Carvalho no dia 18 de janeiro e aceita no último dia 2 de fevereiro.

O sargento responde a outro processo por ter matado um adolescente de 13 anos em 2017, após uma tentativa de roubo à residência do militar em Rio Branco. A ação penal ainda transcorre na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Ele foi denunciado pelo Ministério Público, nesse caso, pelos crimes de homicídio e fraude processual.

O denunciado não consiste em um acusado comum em razão da notoriedade que ganhou como um dos protagonistas de um caso de poliamor amplamente divulgado pelas redes sociais. Junto com as esposas Alda Radine, também sargento da PM, e Darlene Oliveira, ele formou o famoso trisal acreano, que ganhou repercussão até em veículos de alcance nacional.

Helane Christina tem uma carreira consolidada como advogada criminal há uma década com atuação direta em mais de 65 júris popular e em dezenas operações desencadeadas no Acre e em outros estados brasileiros, é pós-graduanda em direito penal, direito processual penal, direito médico, direito militar e direito penal militar.

A advogada já foi presidente da CDAP/OAB-AC, Conselheira Seccional da OAB/AC, Membro da Comissão de Prerrogativas da OAB/AC, da Comissão Criminal e Comissão das mulheres advogadas.

Já Carlos Venícius não fica pra trás, também tem atuação em alguns casos de repercussão no estado, como as operações Delivery, Lares, Sangue Amargo e Glamour. Ele já foi presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/Acre, da Comissão de Direito Criminal do Acre e da Associação Brasileira de Criminalistas do Acre, além de Conselheiro Seccional da OAB/ Acre e Membro da Comissão Nacional de Prerrogativas da OAB.

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Perguntado a Carlos Venícius sobre os próximos passos a serem dados na defesa do policial militar, o advogado esclareceu que ainda não analisou o processo, mas disse que uma das primeiras medidas a serem tomadas em conjunto com Helane Christina é continuar em busca do Judiciário para que reavalie a necessidade de manter o réu preso.

“Em processo onde o acusado se encontra preso, a primeira ação a ser buscada pelo advogado é, sem dúvidas, a tentativa de obter perante o Poder Judiciário o direito de que este responda o processo em liberdade. Portanto, com muita humildade, pediremos que seja reavaliada pelas instâncias competentes a necessidade de nosso cliente ser mantido em cárcere. A prisão é exceção e entendemos que nosso cliente não oferece riscos para a sociedade em caso de soltura.”

Nery está preso no Comando do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) desde o dia 29 de novembro do ano passado. No último dia 1º de fevereiro, a advogada Helane Christina já entrou com pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar ou em monitoramento por tornozeleira eletrônica. A petição ainda não foi julgada.

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