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Descoberta paleontológica impressionante: Fóssil de dinossauro de 233 milhões de anos é revelado após enchente no RS

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Após a intensa chuva e enchente que atingiram a região de São João do Polêsine, no interior do Rio Grande do Sul, os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) se depararam com uma descoberta surpreendente. Um fóssil de dinossauro, com aproximadamente 233 milhões de anos, emergiu parcialmente exposto, revelando-se um tesouro paleontológico.

Sob a coordenação do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da UFSM, a equipe liderada pelo paleontólogo Rodrigo Temp Müller se dedicou à escavação minuciosa desse achado único. O paleontólogo salientou a relevância desse fóssil na compreensão da origem dos dinossauros e sua importância histórica como um dos exemplares mais antigos já encontrados no mundo.

Após quatro dias de intensos trabalhos de escavação, os pesquisadores conseguiram extrair a rocha que envolvia o fóssil, revelando um dinossauro quase completo, com cerca de 2,5 metros de comprimento. Os vestígios pertencem a um dinossauro carnívoro do grupo Herrerasauridae, sendo um dos herrerassaurídeos mais completos já descobertos globalmente.

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O fóssil foi transportado para o laboratório da UFSM, onde passará por um delicado processo de extração da rocha. Com o uso de ferramentas especializadas e técnicas meticulosas, os pesquisadores esperam identificar se o espécime representa uma nova espécie de dinossauro ou se é conhecido pela ciência. Essa fase crucial da pesquisa tem previsão para ser concluída ainda este ano.

Além do esqueleto fossilizado quase intacto, outras descobertas paleontológicas têm sido feitas em municípios vizinhos, como Faxinal do Soturno, Agudo, Dona Francisca e Paraíso do Sul, onde fragmentos de animais anteriores aos mamíferos foram encontrados pela equipe de paleontólogos.

As chuvas intensas que expuseram esse fóssil também representam uma ameaça aos demais achados paleontológicos na região. O Cappa tem monitorado de perto os sítios após as enchentes, buscando proteger e preservar esses preciosos vestígios históricos diante dos elementos naturais que podem acelerar sua deterioração.

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