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Desenrola supera R$ 2,5 bilhões em duas semanas, diz Febraban
O Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, superou R$ 2,5 bilhões em volume financeiro nas duas primeiras semanas, segundo dados atualizados foram divulgados nesta segunda-feira (31/7) pela Febraban, federação dos bancos.
O programa começou a vigorar no último dia 14 de julho. Entre a primeira e a segunda semana do programa, o volume financeiro aumentou em quatro vezes, de acordo com a instituição.
Ao todo, o número de contratos renegociados somou mais de 400 mil nas duas primeiras semanas, segundo a Febraban.
Os bancos também desnegativaram cerca de 3,5 milhões de registros de clientes que tinham dívidas de até R$ 100. O processo era uma condição do governo para adesão dos bancos ao programa (entenda aqui).
Por ora, o Desenrola atende somente à chamada “faixa 2”, que engloba pessoas com renda mensal entre dois salários mínimos e até R$ 20 mil. Nessa etapa, a negociação é feita diretamente entre clientes e instituições financeiras, sem intervenção do governo. Já a “faixa 1”, cujas renegociações ainda não começaram, será destinada a clientes de menor renda em uma plataforma especial.
“Consideramos que o programa cumpre o papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”, disse em nota o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
“Os bancos estão dando sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem seu endividamento”, disse.
Faixa 1 ainda terá plataforma lançada
Nessa fase do programa, cada banco define as próprias condições de renegociação com os clientes. Podem ser renegociadas dívidas contraídas até o fim do ano passado.
Já a “faixa 1”, que terá condições específicas de renegociação, tem lançamento previsto para setembro. O público atendido será de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Nesse grupo, poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, e o processo ocorrerá em uma plataforma especial mediada pelo governo e os bancos, ainda a ser lançada.