Desmatamento na Amazônia: Acre, Amazonas e Pará são responsáveis por 77% da devastação em Julho

Um relatório recente do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela que os estados do Acre, Amazonas e Pará foram responsáveis por uma alarmante parcela de 77% do desmatamento na Amazônia durante o mês de julho de 2024. No total, a devastação atingiu 495 km² de floresta.

O estado do Amazonas lidera essa triste estatística, respondendo por 28% da área desmatada, seguido de perto pelo Pará com 27% e pelo Acre com 22%. Esses três estados não apenas dominam a destruição florestal, mas também concentram oito dos dez municípios mais impactados pela derrubada da vegetação nativa.

Dentre os municípios, Feijó, no Acre, se destaca como o mais afetado, com 47 km² de floresta destruída. Em seguida, Portel, no Pará, registrou a perda de 31 km², enquanto Apuí, no Amazonas, viu 24 km² de suas florestas serem desmatadas. A crescente taxa de desmatamento no Amazonas é especialmente preocupante, uma vez que o estado era historicamente conhecido por suas vastas áreas florestais e baixas taxas de destruição.

Além disso, as Unidades de Conservação (UCs) também enfrentam um cenário preocupante. O desmatamento nessas áreas aumentou em 14% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A Reserva Extrativista Chico Mendes, localizada no Acre, é a mais impactada, perdendo uma área equivalente a 700 campos de futebol e posicionando-se como a UC mais desmatada em julho.

A degradação florestal também apresenta números alarmantes: houve um aumento de 55% em relação a julho do ano passado. Mato Grosso ocupa a liderança nesse cenário com 35% da degradação total, seguido por Pará (33%), Acre (15%), Amazonas (13%) e Rondônia (4%).

Esses dados ressaltam a urgência em implementar políticas eficazes para proteger a Amazônia e garantir a preservação desse bioma vital para o equilíbrio ambiental do planeta.