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‘Dinheiro esquecido’: saques poderão ser feitos a partir desta 3ª; veja o passo a passo

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Na próxima segunda-feira (7) as pessoas com dinheiro esquecido nos bancos poderão resgatar os valores em um site montado pelo Banco Central Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena / Estadão

Brasileiros com dinheiro ‘esquecido’ em instituições financeiras poderão solicitar saque a partir desta terça-feira, 7, pela segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR). Segundo dados do Banco Central (BC), há mais de R$ 6 bilhões aguardando solicitação para saque de 38,5 milhões de pessoas físicas e 2,4 milhões de pessoas jurídicas. Apesar do valor alto, de acordo com cálculos do BC, a maioria dos beneficiários deve resgatar menos de R$ 10.

As solicitações de saques terão início às 10h de terça-feira. Desde o dia 28, o sistema liberou o site para consultas se o beneficiário tem ou não tem valores para receber. A consulta, porém, não detalhava a quantia esquecida. Na fase de saques, será possível saber o valor.

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Foto:

Nessa etapa, o sistema apenas irá informar se há ou não alguma quantia a ser sacada a partir das 10h do dia 7 de março.

Como sacar o dinheiro

Na data da fase de saques, caso você possua valores a receber, haverá um botão “acessar o SVR” e, após clicar, você será direcionado para a página de sua conta Gov.br. O BC informa que a possibilidade de fila de espera nesse processo do sistema.

O BC também detalhou que cada beneficiário terá 30 minutos dentro do sistema, para solicitar o saque, tempo que, segundo o órgão, é suficiente para realizar o processo, mas que é preciso ficar atento a um reloginho que irá aparecer no canto superior da tela.

O que sua conta Gov.br precisa ter

Para acessar valores de pessoa jurídica, a conta Gov.br precisa ter o CNPJ a ela vinculado. Em caso de pessoas físicas ou pessoas falecidas, a conta tem que ser nível prata ou ouro. A seguir, saiba como proceder:

Por padrão, toda conta criada pelo Gov.br recebe o selo bronze. Existem métodos online para você aumentar de nível, inclusive pelo próprio aplicativo da plataforma. Um sistema de verificação facial já pode ser suficiente para essa melhoria.

Para elevar o nível de segurança para o selo ‘prata’ há diversas formas de fazê-lo. Quem tem cadastro no Denatran, por exemplo, pode usar esses dados para obter o selo ‘prata’, já que o sistema cruzará as informações com sua CNH. Já quem é servidor, utilizando dados do Sigepe também é possível elevar o nível. Há ainda uma terceira forma, que é validação com cadastro de banco pela internet. Nesse caso, somente os bancos Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica Federal, Sicoob e Santander entram nessa opção.

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Já para obter o selo ‘ouro’ é preciso fazer o reconhecimento facial. Nesse caso, recomendamos o uso do app gov.br para celular, que irá utilizar a câmera do seu aparelho para o processo.

O Terra fez o teste com uma conta ‘prata’ e solicitou o upgrade no botão ‘aumentar nível’, que fica bem visível logo no topo da página.

Foto:

Na sequência, o sistema pede acesso à câmera para que o reconhecimento facial seja feito. É preciso posicionar o rosto em um espaço que é exibido no app, e permanecer assim por cerca de três segundos, até que o reconhecimento seja concluído. Dessa forma, você consegue o selo ‘ouro’, que é o maior nível de segurança fornecido pelo sistema.

Foto:

Opções de saque

Feito todo esse processo, o sistema dará ao beneficiário duas opções de saque:

 Pix: Nesse caso, haverá a opção “solicitar por aqui”, ou seja, a instituição financeira na qual se encontra seu dinheiro esquecido dá a possibilidade de receber esse valor por Pix em até 12 dias úteis. É preciso informar a chave Pix para a conta que você quer receber. Dica: sempre anote o número de protocolo se precisar falar com a instituição.

•  A combinar: Quando a instituição não oferece a opção de saque via Pix, o sistema irá informar um contato, telefone ou e-mail, para que o beneficiário acione a instituição financeira e combine a melhor forma de receber o valor.

Saiba como consultar se você tem dinheiro esquecido no banco:

Maioria receberá menos de R$ 10

O relatório do BC aponta que 29,2 milhões de contas, o equivalente a 62,55% do total, têm menos de R$ 10 de valores “esquecidos” a serem resgatados. Na outra ponta, apenas 643,1 mil contas, ou 1,37% do total, têm valores acima de R$ 1.000,01.

Veja abaixo a quantidade de beneficiários para cada faixa de valor:

• Até R$ 10: 29.282.110 contas (62,55%);

• Entre R$ 10,01 e R$ 100: 12.195.837 contas (26,05%);

• Entre R$ 100,01 e R$ 1.000: 4.694.862 contas (10,03%);

• Acima de R$ 1.000,01: 643.105 contas (1,37%).

Os dados do BC também apontam que a maior parte dos valores, R$ 3,1 bilhões, se encontra nos bancos. Logo em seguida, estão as administradoras de consórcio, com R$ 2,1 bilhões, e as cooperativas, com R$ 602,7 milhões.

Veja abaixo o valor total de recursos “esquecidos” em cada tipo de instituição e a quantidade de beneficiários (a quantidade se refere ao total de contas, já que uma pessoa pode ter várias contas com valores esquecidos):

• Bancos: R$ 3.187.355.784,83

Beneficiários: 28.308.773

• Administradoras de consórcio: R$ 2.149.913.448,90

Beneficiários: 8.901.738

• Cooperativas: R$ 602.764.641,30

Beneficiários: 2.437.485

• Instituições de pagamento: R$ 96.135.472,69

Beneficiários: 1.733.340

• Financeiras: R$ 40.286.992,88

Beneficiários: 3.078.240

• Corretoras e distribuidoras: R$ 9.464.761,52

Beneficiários: 11.791

• Outros: R$ 1.920.882,18

Beneficiários: 192

Alertas e cuidados com golpes

Alguns pontos importantes devem ser destacados. O primeiro deles é que, caso o dinheiro esteja parado, mas você demore a solicitar uma retirada, ele não vai deixar de ser seu. Quando você solicitar, será depositado. Enquanto isso não for feito, vai ficar parado por lá.

O segundo é que você deve tomar cuidado para não cair em golpes. O Banco Central pediu para que as pessoas não acessem links maliciosos. Este é o único link do BC em que os valores são consultados e, posteriormente, solicitados para transferência.

Além disso, o BC também alerta que o serviço é gratuito e que o órgão não entra em contato para para tratar sobre valores ou para confirmar seus dados pessoais. Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar e ela nunca vai pedir sua senha. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

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