A soma também representou um avanço expressivo – de 2,6 vezes – em relação ao ano anterior. A Petrobras havia distribuído R$ 72,7 bilhões, em 2021. Nesse mesmo ano, a petroleira ficou bem abaixo do conjunto das outras firmas da Bolsa, cujo montante atingiu quase R$ 234,2 bilhões, excluída a estatal.
Em 2022, a Vale, cujo lucro trimestral anunciado nesta quarta (27/4) caiu 59%, ocupou o segundo lugar na lista de maiores pagadores de dividendos, com R$ 34,1 bilhões, o equivalente a 5,5 vezes menos do que a Petrobras. Em 2021, a Vale havia distribuído aos acionistas mais do que o dobro desse valor, num total de R$ 73,3 bilhões.
Em 2022, somadas todas as empresas da B3, e nesse caso incluída a estatal, o desembolso com dividendos alcançou R$ 387 bilhões, ante R$ 307 bilhões, em 2021.
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Redução em 2023
O volume de distribuição de dividendos da Petrobras no ano passado não deve se repetir em 2023, na avaliação de analistas. Em 2022, ele foi impulsionado por preços crescentes do petróleo, cujo barril chegou a US$ 130, puxado por fatores como a guerra na Ucrânia.
Agora, a situação é diferente. A cotação da commodity gira em torno de US$ 80, mesmo após a redução da oferta do óleo, adotada pelos principais países produtores. A cúpula do governo federal e lideranças do PT vêm ainda questionando repetidas vezes o pagamento de dividendos por parte da estatal.
Sobre o tema, o novo presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse que espera manter a robustez da remuneração aos acionistas, embora as condições neste ano sejam diferentes das observadas em 2022. A posse da nova diretoria da Petrobras está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (27/4).