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Drama no Rio Juruá: Bebê de 10 dias escapa de tragédia em incêndio de barco

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A tranquilidade do Rio Juruá, no Acre, foi abalada por um incidente assustador na segunda-feira (5), quando um barco que seguia para Porto Walter pegou fogo, colocando em risco a vida de seus passageiros, incluindo um bebê de apenas 10 dias.

O recém-nascido, que quase se afogou durante o incêndio, foi socorrido na Unidade Fluvial Marieta Cameli, de Cruzeiro do Sul, e passa bem. A enfermeira Adriana Araújo, coordenadora da Equipe de Saúde Fluvial, relatou que o bebê chegou a afundar, mas foi resgatado e está respirando normalmente. Os demais passageiros sofreram apenas ferimentos leves.

O Corpo de Bombeiros não foi acionado para o local do incidente. A embarcação, de propriedade de um homem conhecido como “Duda”, era pilotada por “Curupira”. A causa do incêndio ainda não foi confirmada, mas especula-se que o excesso de força no motor, em decorrência do baixo volume de água no Rio Juruá, possa ter sido um fator contribuinte.

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A situação levanta preocupações sobre a segurança do transporte fluvial na região, já que o barco também transportava combustível para Porto Walter. João Pedroza Neto, um dos responsáveis pela embarcação, afirmou que o combustível era apenas para o reabastecimento do motor, mas não soube precisar a quantidade. A ausência de informações precisas sobre a quantidade de combustível transportado e o desaparecimento de áudios sobre o assunto aumentam as suspeitas sobre a segurança da viagem.

O incidente revive a tragédia de junho de 2019, quando um barco que seguia para Marechal Thaumaturgo explodiu durante o abastecimento com 5 mil litros de gasolina, causando a morte de seis pessoas, incluindo um bebê. A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou seis pessoas e a empresa Pimpão por homicídio doloso e lesão corporal grave, mas o Ministério Público ainda não ofereceu denúncia.

A explosão de 2019 evidenciou a necessidade de medidas de segurança no transporte de combustível na região. No entanto, o Porto de Cruzeiro do Sul permanece desativado e o abastecimento das embarcações continua sendo realizado nos barrancos do Rio Juruá, da mesma forma que em 2019.

O governo do Estado alega que a responsabilidade pela construção e manutenção de um espaço adequado para o transbordo de combustível cabe aos empresários do setor, enquanto estes aguardam que o poder público tome medidas.

O incidente no Rio Juruá serve como um alerta sobre os riscos do transporte fluvial na região e a necessidade urgente de ações para garantir a segurança dos passageiros e evitar novas tragédias. A falta de fiscalização, a desativação do porto e a ausência de investimentos em infraestrutura adequada para o transporte de combustível colocam em risco a vida das pessoas que dependem da navegação fluvial no Acre.

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