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GERAL

Economistas classificam como “duro” comunicado do Copom sobre a Selic

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O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), justificou a decisão de manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 13,75% ao ano, por meio de um comunicado que surpreendeu economistas que atuam no mercado financeiro. “O BC reconheceu a melhora da conjuntura, mas afirmou que o processo desinflacionário ‘tende a ser mais lento’”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. “Consideramos o comunicado duro.”

Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, concorda com a afirmação. “O comunicado do Copom trouxe elementos mais duros do que a nossa expectativa”, afirma. “Mas o tom geral foi no sentido de abrir espaço para uma flexibilização da taxa nas próximas reuniões.”

Para Débora, a nota é “compatível” com uma redução da Selic em agosto, quando ocorre a próxima reunião do Copom. “Mas o BC optou por assegurar graus de liberdade e não se comprometeu com a queda de juros iminente”, afirma a economista.

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Ela acrescenta que, para que o corte aconteça em agosto, a meta de inflação em 3% ao ano terá de ser confirmada na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), na próxima semana, e as projeções de inflação devem continuar caindo nas pesquisas semanais realizadas pelo BC, divulgadas no Relatório Focus.

Na análise de Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, por conta da “dureza” do comunicado, o BC pode estar olhando para uma redução da Selic não em agosto, mas, sim, a partir de setembro.

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