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Em Brasiléia, mãe chega para deixar filho em primeiro dia letivo e descobre que não tinha mediador para a criança

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A moradora do município de Brasiléia (AC), Pauliete Nascimento Fernandes, 31 anos, usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre o primeiro dia de aula do filho Paulo Luiz, de 4 anos, que é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo a mãe, ela chegou cedo para deixar o filho na escola, mas foi informada que não havia mediador para a criança, que é matriculada na escola municipal Vitória Salvatierra César.

Ao Na Hora da Notícia, Pauliete disse que, além do autismo, o filho é diagnosticado com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e não consegue se concentrar nem ficar sentado na cadeira se não tiver com um mediador acompanhando.

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“A professora com quase 30 alunos na sala, tinha que receber as crianças, conversar com os pais e ainda conseguir cuidar do Paulo Luiz, é muito difícil. Se não tiver uma pessoa ali ele não consegue se concentrar. Aí você vê chegando mediador para outras crianças e para o seu filho nada. Meu coração ficou partido. Deixei ele na sala e fui aguardar no pátio até as 8h30. Eu tinha que trabalhar, mas não podia ir porque eu tinha que aguardar chegar a mediadora do meu filho”, diz.

Ainda segundo a mãe, a secretaria de educação, Francisca Oliveira, chegou e ela a confrontou perguntando se não teria mediador para o filho. Foi quando a secretária fez uma ligação e pediu mais uma mediadora para a escola.

“A minha lembrança do primeiro dia de aula do meu filho neste ano vai ser essa ai, pois enquanto eu estava no pátio, a professora registrava os alunos, mas meu filho por não conseguir ficar sentado estava em pé e de costas. A professora não fez por maldade. Ela estava registrando o momento em que as crianças estavam chegando e tendo que dar atenção aos alunos. Eu vou guardar essa foto para quando eu pensar um dia em esmorecer com qualquer coisa eu olhar pra ela e saber que sou eu quem tenho que lutar pelo meu filho”, desabafa a mãe.

Para Pauliete é uma situação triste, pois diferente de crianças típicas, as atípicas precisam ser preparadas com antecedência para algumas vivências, como iniciar o ano escolar, por exemplo.

“Eu fiquei muito magoada, porque tudo pra gente se torna mais difícil e a gente pensa que vai ser acolhido pela escola e se depara com essa situação. É o último ano do meu filho lá e eu não tenho uma boa recordação. Não consegui tirar uma foto com meu filho, não consegui ter aquele momento de primeiro dia de aula, não fui recebida pela escola como imaginaria, não consegui conversar com a mediadora para passar as questões do meu filho sobre alimentação e outras especialidades. É uma indignação grande, só a gente que tem crianças especiais sabe o que passa. Para muitos é frescura, mas não é, só quem vive sabe”, conclui.

A reportagem procurou a assessoria de comunicação da prefeitura de Brasiléia para saber sobre o ocorrido e a resposta foi por meio de um vídeo institucional onde a secretária afirma que foi em todas as escolas do município para fazer todos os ajustes necessários para que as crianças tivessem todo o atendimento necessário. Ela também diz ainda está sendo realizada a lotação de mediadores nas unidades escolares.

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