GERAL
Enfermeiros e técnicos de enfermagem vão parar por 24 horas em sinal de protesto
Os sindicatos dos enfermeiros estarão realizando uma paralisação contra a Confederação Nacional de Saúde Hospitalar e Estabelecimento de Saúde. Essa confederação representa os estabelecimentos de saúde e é responsável pelos contratos de mão de obra de enfermagem.
A paralisação deverá acontecer a partir das 7h de quinta-feira (29) e vai durar até às 7h do dia 30, exatas 24 horas.
Segundo os sindicatos, foi a Confederação que “deu causa” à DI 7222 e está causando toda essa morosidade no cumprimento da Lei 14.434, que trata do repasse de recursos para esta área da saúde, especialmente no que se refere ao piso salarial da categoria.
“Esse movimento será contra ela (Confederação), não só contra ela, mas também contra o Ministério da Saúde, que se comprometeu a repassar os recursos aos entes municipais e estaduais e até agora não o fez. Então, decidimos fazer esse movimento de paralisação contra essas duas entidades”, explicou Jebson Medeiros, vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Acre.
A paralisação foi deliberada pelos enfermeiros e, no caso dos auxiliares e técnicos, pelo Sindicato Spate, após uma assembleia com seus representados. Ambos os sindicatos decidiram realizar a paralisação no mesmo dia, por 24 horas.
“Estamos fazendo isso para pressionar a votação no STF, em relação à decisão do ministro Barroso, para que a Lei 14.434 possa entrar em vigor. Portanto, essa pressão precisa ser apenas uma paralisação. Estamos aguardando uma votação favorável ao piso salarial da enfermagem”, diz Jebson.
Em relação à votação no STF, está empatada, mas a categoria acredita que será favorável, já que os votos dos outros ministros, ao que tudo indica, estão inclinados em defesa do piso salarial da enfermagem, uma vez que a Lei não está sendo cumprida.
“No mês de maio, os salários dos enfermeiros deveriam ter sido pagos com o piso salarial, mas isso não aconteceu. Estamos chegando ao final de junho e nada ocorreu. Portanto, a pressão é necessária. É preciso exercer pressão para obtermos resultados”, concluiu Jebson Medeiros.