Além das prisões, os agentes dão cumprimento a diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
Como funcionava o esquema de corrupção
- O esquema envolvia o pagamento de propina para o auditor fiscal de alto escalão da Secretaria da Fazenda, Artur Gomes da Silva Neto
- Artur Gomes da Silva Neto manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas.
- Essas empresas, entre elas a Fast Shop e a Ultrafarma, eram beneficiadas, deixando de contribuir devidamente ao estado de São Paulo.
- Em contrapartida, Arthur Neto recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.
Em nota, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) informou que instaurou procedimento administrativo para apurar, com rigor, a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao MPSP o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.
A Sefaz-SP ainda disse estar à disposição das autoridades e que vai colaborar com os desdobramentos da investigação por meio de sua corregedoria. “A administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionadas ao tema”, completa a nota.
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria de imprensa da Rede Ultrafarma e da Fast Shop e não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A reportagem também procurou o fiscal Artur Gomes da Silva Neto. O espaço segue aberto para manifestações.