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GERAL

Estatísticas alarmantes: 1 em cada 36 crianças é afetada pelo autismo, segundo órgão de referência mundial

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No dia 2 de abril, estabelecido como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo pela ONU, é importante refletir sobre a realidade desse transtorno que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com o levantamento do CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, que é uma referência mundial no assunto, estima-se que 1 em cada 36 crianças de 8 anos seja identificada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ano de 2020.

No Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja de 2 a 4 milhões de pessoas com TEA. É alarmante o número de casos diagnosticados em crianças de até 8 anos, principalmente em famílias de baixa renda. Isso evidencia a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a criação de centros de atendimento e suporte, visando oferecer um suporte adequado e acessível a essas famílias.

Existem diversos sintomas que podem ser sinais de alerta para o autismo, como dificuldade de manter contato visual, atraso na fala, dificuldade em seguir objetos com o olhar, movimentos repetitivos e outros comportamentos atípicos. É fundamental que qualquer mudança no comportamento, especialmente nos primeiros anos de vida, seja investigada e acompanhada de perto.

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A questão do aumento dos casos de autismo é um tema de discussão importante. Segundo o defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, os números atuais podem refletir tanto um aumento real dos casos quanto uma evolução nos métodos de diagnóstico. Pesquisas científicas apontam que o autismo tem uma forte base genética, mas também é necessário investir em políticas públicas que garantam o acompanhamento e o tratamento adequado para todas as pessoas com autismo no Brasil.

Muitas pessoas só descobrem que têm autismo tardiamente, na fase adulta, devido à falta de um diagnóstico preciso. Às vezes, o diagnóstico ocorre somente quando o indivíduo busca ajuda para questões relacionadas ao casamento ou à paternidade. Em outros casos, a descoberta acontece quando um filho é diagnosticado com TEA e os pais percebem características semelhantes em si mesmos. Essa realidade destaca a importância de um diagnóstico precoce e de profissionais capacitados para identificar o TEA.

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, é fundamental reforçar a importância do diagnóstico adequado, do acompanhamento especializado e da inclusão social das pessoas com TEA. O diagnóstico não é simples, mas com o acesso à informação e o aprimoramento dos profissionais da saúde, é possível identificar o autismo precocemente e garantir uma melhor qualidade de vida para essa parcela da população.

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