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Estudante branca consegue liminar na justiça para se matricular em medicina na Ufac por cotas
A banca examinadora da Universidade Federal do Acre (Ufac) havia negado que a estudante Laísa Hanna ingressasse no curso de Medicina por meio de cotas raciais. De acordo com a Universidade Federal do Acre (Ufac), a estudante não possuía características necessárias para ser considerada parda.
Porém, Laísa conseguiu uma liminar na justiça em Brasília e no mês passado realizou a matrícula na Universidade. A defesa da estudante alegou que para ter direito à vaga no sistema de cotas, não são levadas em conta apenas características físicas, mas também critérios de ancestralidade. Porém, em nota, a Ufac divergiu e declarou que o processo de heteroidentificação considera apenas critérios de fenótipo, entretanto, afirmou que seguirá a decisão da justiça.
“Entende-se por fenótipo o conjunto de características físicas visíveis do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e traços faciais, que, combinados ou não, permitirão validar ou invalidar a sua condição de beneficiário de vaga reservada para candidato negro (preto ou pardo)”, diz a nota.
Laísa é de Manaus e deve chegar ao Acre nos próximos dias para iniciar o curso. A estudante seguirá com a vida acadêmica normalmente até que o mérito seja julgado.