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Estudo do Inpa Alerta: aquecimento global acelera desenvolvimento do aedes aegypti, aumentando riscos de doenças tropicais

Manaus, AM – Uma pesquisa conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) revela que o aquecimento global pode acelerar o crescimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, tornando-o maior e mais rápido em seu desenvolvimento.
Os pesquisadores simularam quatro cenários de temperatura e concentração de CO₂ até o ano de 2100, baseados em modelos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC/ONU). No cenário mais extremo, com aumento de 5°C, os mosquitos atingiram a fase adulta mais rapidamente e apresentaram maior peso, especialmente as fêmeas.
“Eles respondem de forma positiva às alterações ambientais, crescendo mais rápido e com maior peso”, explicou Joaquim Ferreira do Nascimento Neto, líder da pesquisa. No entanto, os insetos também tiveram vida mais curta.
O grupo do Inpa estuda o Aedes aegypti desde 2020, e os resultados da pesquisa reforçam uma preocupação adicional: além de ampliar sua distribuição geográfica para áreas hoje frias, o mosquito pode se beneficiar diretamente do aquecimento nas regiões tropicais, aumentando os riscos de transmissão de doenças.
O estudo do Inpa alerta para a necessidade de加强 medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti, especialmente em um cenário de aquecimento global. É fundamental investir em pesquisas para entender melhor o comportamento do mosquito e desenvolver novas estratégias de combate, além de conscientizar a população sobre a importância de eliminar focos de água parada e adotar medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e telas em portas e janelas.
