Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

EXECELENTE NOTÍCIA para os brasileiros que vivem de aluguel

Publicado em

Em 12 meses, inflação do aluguel acumula queda de 6,86% no país. (Imagem: Pixabay).

Os brasileiros que pagam aluguel receberam uma grande notícia neste mês. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-Mcaiu 1,93% em junho, intensificando a queda observada em abril (-0,95%) e maio (-1,84%).

Em resumo, os últimos meses de 2022 já mostravam desaceleração do IGP-M, com a inflação do aluguel apresentando variações bem modestas. No início deste ano, os preços do setor continuaram desacelerando, até que recuaram em todos os meses do segundo .

A propósito, o indicador é popularmente conhecido como inflação do aluguel. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (29).

Continua depois da publicidade

O índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo.

Além disso, o indicador influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde. Em outras palavras, o IGP-M é muito importante para diversos segmentos da sociedade, influenciando-os de maneira direta.

Com o acréscimo do resultado de junho, o índice passou a acumular uma queda de 4,46% em 2023 e de 6,86% nos últimos 12 meses. Isso quer dizer que os preços de locação de imóveis estão mais baratos neste ano, na comparação com 2022. Aliás, o IGP-M acumulava uma forte alta de 10,70% nos últimos 12 meses até junho de 2022.

Em síntese, essa é a terceira vez, desde fevereiro de 2018, que o IGP-M acumulado em 12 meses fica negativo, assim como ocorreu em abril e maio. Inclusive, o percentual anual registrado em maio de 2023 é o menor de toda a série histórica, iniciada em 1990.

IGP-M abrange três índices

Em suma, a variação do IGP-M se dá por três indicadores:

  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Em junho, dois dos três indicadores registraram desaceleração, na comparação com maio. Esses resultados foram suficientes para puxar o IGP-M ainda mais para baixo neste mês. A saber, os preços registrados pelo IPA e pelo IPC caíram em junho, ficando no campo negativo. Por outro lado, o INCC registrou aceleração dos preços.

Continua depois da publicidade

Preços ao produtor caem novamente

Em resumo, o IPA exerce o maior impacto no IGP-M, respondendo por cerca de 70% do índice. Por isso, o indicador considerado a inflação do aluguel tende a apresentar variações semelhantes a do IPA.

No sexto mês de 2023, o indicador caiu 2,73%, ante recuo de 2,72% em maio. A principal contribuição do grupo veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,27% para -10,56%.

A inflação ao produtor registrou nova deflação, agora impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. O preço do Diesel encolheu 13,82%, enquanto a preço da gasolina caiu 11,69%“, explicou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%)“, acrescentou.

No caso do IPC, a taxa caiu 0,25% em junho, após subir 0,48% no mês anterior. A taxa caiu para o campo negativo por causa do decréscimo dos preços em sete das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV IBRE.

Em resumo, a maior contribuição veio do grupo transportes, cuja variação dos preços recuou de 0,50% para -1,68%. O grande destaque no grupo foi o item gasolina, com os preços registrando uma queda firme de -3,00%, ante leve recuo de -0,09% em maio.

Os outros grupos que também registraram desaceleração das variações foram alimentação (0,79% para -0,33%), saúde e cuidados pessoais (1,22% para 0,41%), habitação (0,75% para 0,41%), comunicação (0,91% para 0,14%), despesas diversas (0,75% para 0,32%) e vestuário (0,58% para 0,42%).

Em contrapartida, os preços aceleraram apenas no grupo educação, recreação e leitura (-2,32% para -0,55%), apesar de continuarem no campo negativo, refletindo queda. No grupo, o resultado foi influenciado principalmente pelo item passagens aéreas, cujos preços passaram de 13,29% para -3,87%.

Inflação da construção acelera

O terceiro indicador que compõe o IGP-M acelerou em junho, limitando levemente a queda da inflação do aluguel. A saber, o INCC acelerou de 0,23% em abril para 0,40% em maio.

Em suma, o resultado do indicador foi impulsionado pela variação de apenas um dos três grupos componentes do INCC, apesar do decréscimo observado nos outros dois. As oscilações foram as seguintes: materiais e equipamentos (-0,06% para -0,15%), serviços (0,64% para 0,18%) e mão de obra (0,75% para 1,81%).

Estes dados mostram que a inflação do aluguel caiu em junho, apesar da alta observada nos preços da construção e aos consumidores. Isso aconteceu porque os preços ao produtor e ao consumidor ficaram ainda mais negativo e puxaram o IGP-M para baixo no mês.

 

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress