GERAL
EXECELENTE NOTÍCIA para os brasileiros que vivem de aluguel
Os brasileiros que pagam aluguel receberam uma grande notícia neste mês. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,93% em junho, intensificando a queda observada em abril (-0,95%) e maio (-1,84%).
Em resumo, os últimos meses de 2022 já mostravam desaceleração do IGP-M, com a inflação do aluguel apresentando variações bem modestas. No início deste ano, os preços do setor continuaram desacelerando, até que recuaram em todos os meses do segundo .
A propósito, o indicador é popularmente conhecido como inflação do aluguel. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (29).
O índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo.
Além disso, o indicador influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde. Em outras palavras, o IGP-M é muito importante para diversos segmentos da sociedade, influenciando-os de maneira direta.
Com o acréscimo do resultado de junho, o índice passou a acumular uma queda de 4,46% em 2023 e de 6,86% nos últimos 12 meses. Isso quer dizer que os preços de locação de imóveis estão mais baratos neste ano, na comparação com 2022. Aliás, o IGP-M acumulava uma forte alta de 10,70% nos últimos 12 meses até junho de 2022.
Em síntese, essa é a terceira vez, desde fevereiro de 2018, que o IGP-M acumulado em 12 meses fica negativo, assim como ocorreu em abril e maio. Inclusive, o percentual anual registrado em maio de 2023 é o menor de toda a série histórica, iniciada em 1990.
IGP-M abrange três índices
Em suma, a variação do IGP-M se dá por três indicadores:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Em junho, dois dos três indicadores registraram desaceleração, na comparação com maio. Esses resultados foram suficientes para puxar o IGP-M ainda mais para baixo neste mês. A saber, os preços registrados pelo IPA e pelo IPC caíram em junho, ficando no campo negativo. Por outro lado, o INCC registrou aceleração dos preços.
Preços ao produtor caem novamente
Em resumo, o IPA exerce o maior impacto no IGP-M, respondendo por cerca de 70% do índice. Por isso, o indicador considerado a inflação do aluguel tende a apresentar variações semelhantes a do IPA.
No sexto mês de 2023, o indicador caiu 2,73%, ante recuo de 2,72% em maio. A principal contribuição do grupo veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,27% para -10,56%.
“A inflação ao produtor registrou nova deflação, agora impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. O preço do Diesel encolheu 13,82%, enquanto a preço da gasolina caiu 11,69%“, explicou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
“Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%)“, acrescentou.
No caso do IPC, a taxa caiu 0,25% em junho, após subir 0,48% no mês anterior. A taxa caiu para o campo negativo por causa do decréscimo dos preços em sete das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV IBRE.
Em resumo, a maior contribuição veio do grupo transportes, cuja variação dos preços recuou de 0,50% para -1,68%. O grande destaque no grupo foi o item gasolina, com os preços registrando uma queda firme de -3,00%, ante leve recuo de -0,09% em maio.
Os outros grupos que também registraram desaceleração das variações foram alimentação (0,79% para -0,33%), saúde e cuidados pessoais (1,22% para 0,41%), habitação (0,75% para 0,41%), comunicação (0,91% para 0,14%), despesas diversas (0,75% para 0,32%) e vestuário (0,58% para 0,42%).
Em contrapartida, os preços aceleraram apenas no grupo educação, recreação e leitura (-2,32% para -0,55%), apesar de continuarem no campo negativo, refletindo queda. No grupo, o resultado foi influenciado principalmente pelo item passagens aéreas, cujos preços passaram de 13,29% para -3,87%.
Inflação da construção acelera
O terceiro indicador que compõe o IGP-M acelerou em junho, limitando levemente a queda da inflação do aluguel. A saber, o INCC acelerou de 0,23% em abril para 0,40% em maio.
Em suma, o resultado do indicador foi impulsionado pela variação de apenas um dos três grupos componentes do INCC, apesar do decréscimo observado nos outros dois. As oscilações foram as seguintes: materiais e equipamentos (-0,06% para -0,15%), serviços (0,64% para 0,18%) e mão de obra (0,75% para 1,81%).
Estes dados mostram que a inflação do aluguel caiu em junho, apesar da alta observada nos preços da construção e aos consumidores. Isso aconteceu porque os preços ao produtor e ao consumidor ficaram ainda mais negativo e puxaram o IGP-M para baixo no mês.