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GERAL

Facções criminosas rivalizam pelo domínio em 21 municípios do Amazonas

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Um novo estudo, apresentado na 3ª edição da Cartografias da Violência na Amazônia pelo Instituto Mãe Crioula, revela a complexa realidade das facções criminosas no estado do Amazonas. A pesquisa destaca a presença e a coexistência de grupos ligados ao narcotráfico em mais de 20 municípios da região, evidenciando as disputas territoriais que marcam o cenário local.

De acordo com a análise, 21 municípios amazonenses foram identificados como áreas de atuação das facções. Desses, 13 apresentam a presença de apenas um grupo criminoso, enquanto em oito municípios coexistem duas ou mais facções. O estudo destaca que o Comando Vermelho (CV) exerce domínio hegemônico em dez destes municípios, enquanto os Piratas dos Solimões controlam outros três.

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O Primeiro Comando da Capital (PCC) também está ativo em três municípios, incluindo a capital, Manaus, onde a rivalidade entre o CV e o PCC tem gerado intensos confrontos. A pesquisa também aponta a presença de facções na Zona de Fronteira Setentrional, especificamente nos municípios de Japurá e São Gabriel da Cachoeira, onde a situação se complica com a atuação de facções colombianas, como a ex-Farc.

Essas facções estrangeiras colaboram com o CV no fornecimento de maconha e cocaína, que são transportadas pelos rios da região, como os rios Japurá, Iça e Negro. A dinâmica de entrega de drogas na fronteira resulta na responsabilidade do CV pela distribuição em áreas mais amplas, onde os produtos são divididos entre o consumo local e o escoamento para mercados internos e externos.

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O estudo observa que o Amazonas possui um papel estratégico na rota do narcotráfico, funcionando como um importante corredor para o trânsito de drogas provenientes dos países andinos. Os rios Solimões, Japurá e Iça, juntamente com seus afluentes, furos e igarapés, constituem a principal via de escoamento de grandes volumes de substâncias ilícitas, consolidando o estado como um ponto crítico na luta contra o tráfico de drogas na Amazônia.

As descobertas do Instituto Mãe Crioula sublinham a urgência de ações eficazes no combate ao narcotráfico e na promoção da segurança pública na região, uma vez que a presença crescente das facções criminosas representa um desafio significativo para a estabilidade social e a segurança dos habitantes locais.

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