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GERAL

Falta de macas no PS paralisa unidades do Samu em Rio Branco e no interior

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O maior hospital de urgência e emergência do Acre, o pronto-socorro de Rio Branco, enfrenta um colapso estrutural em seu atendimento. Viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão impedidas de prestar socorro nas ruas da capital devido à retenção de macas no pronto-socorro.

A crise na saúde pública ganhou um novo capítulo nesta semana com a escassez de macas no PS, o que tem provocado a retenção das ambulâncias no pátio da unidade hospitalar. Sem poder deixar os pacientes por falta de macas disponíveis para transferi-los, os veículos permanecem parados, inviabilizando novos atendimentos de emergência.

A situação tem gerado grande preocupação entre profissionais da saúde e a população, que teme pela demora ou ausência de atendimento em casos críticos. “As ambulâncias chegam com os pacientes, mas não conseguem descarregá-los porque o hospital não tem macas suficientes para recebê-los. Isso trava o sistema”, explica um socorrista do Samu que preferiu não se identificar.

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Com as macas retidas dentro do hospital, a fila de chamados de urgência cresce a cada dia. Moradores relatam esperas superiores a uma hora em ocorrências que exigem resposta imediata. “O filho de um socorrista passou mal e, ao solicitar a ambulância, foi informado de que não havia viaturas disponíveis. Como se tratava de um possível princípio de infarto, ele informou via rádio que sairia da unidade para socorrer o filho. A regulação conseguiu, então, empenhar outra ambulância para o atendimento”, relatou o profissional, que também pediu anonimato por medo de represálias.

Na manhã deste sábado (10), a reportagem flagrou uma ambulância do município de Epitaciolândia parada no pronto-socorro de Rio Branco. Um homem ferido por arma de fogo havia dado entrada no PS, mas a ambulância não pôde retornar à base de origem, pois a maca utilizada no atendimento permaneceu retida. Com isso, parte da população de Epitaciolândia ficou temporariamente sem cobertura do Samu.

Outro caso crítico ocorreu em Senador Guiomard, onde uma ambulância permaneceu cerca de 1h40 com a maca retida no PS. Durante esse tempo, o município — com pouco mais de 22.352 habitantes, segundo o IBGE — ficou sem atendimento de urgência.

Há alguns meses, nossa reportagem conversou com o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, sobre a falta de macas e cadeiras de rodas no PS. Na ocasião, ele afirmou que havia uma licitação em andamento. No entanto, até agora, nenhuma medida efetiva foi adotada.

A falta de estrutura nas unidades de pronto-atendimento e a sobrecarga dos serviços de emergência evidenciam a necessidade urgente de investimentos em equipamentos básicos, como macas e cadeiras de rodas, além de uma gestão mais eficiente do fluxo hospitalar.

Vale ressaltar que o diretor do pronto-socorro, Lourenço Vasconcelos, tem se empenhado na busca por soluções. No entanto, a responsabilidade pela estrutura do hospital é da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

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