GERAL
Festas de final de ano: como lidar com as emoções?
As reações emocionais às festas de final de ano são múltiplas. Tem gente que espera exultante por esse momento de reencontro, já outras pessoas enfrentam grandes ansiedades e angústias por estarem de volta na casa dos pais, e outros ainda lidam com tristeza e solidão por não poderem estar juntos dos familiares e amigos. Como você está?
As festas de Natal e de Réveillon estão chegando e para muita gente esse é um dos momentos mais aguardados do ano: o reencontro com familiares, a volta para a casa dos pais, o afeto e o carinho dos amigos que estavam distantes, tudo isso pode ser muito bom e reconfortante. É quase um rito, que se repete a cada ano e que traz uma sensação de pertencimento e de continuidade.
Mas para um grande número de pessoas, essa última semana do ano é bem complicada, cheia de angústias e ansiedades, porque as relações com os parentes podem estar tensas, porque a pessoa não se sente confortável em ter que voltar para casa e se adequar aos antigos limites impostos pelos pais, ou ainda, por precisar omitir questões da sua vida pessoal, profissional ou da sua sexualidade.
Tem gente também que não vai poder encontrar seus familiares porque está longe, optou por viajar para outro local ou, ainda, tem um trabalho que a impede de comemorar as festas em sua casa e, por isso, vai ficar mais triste e sensível. Que tal parar para pensar como você esta chegando nessas festas de final de ano?
Se você não está bem, tentar mapear as razões das suas angústias e ansiedades é um bom começo. Se, por exemplo, a relação com os pais ou a volta para casa é sempre complexa, por que não aproveitar essa vez para endereçar essas questões? Ou, se você não está disposto ou pronto a fazer isso agora, que tal adiar essa conversa, mas ter um plano de solução em vista? Isso pode até trazer um alívio momentâneo!
O que às vezes parece muito complicado e insolúvel, pode ficar mais objetivo na hora que você consegue colocar as dificuldades para fora, tanto diretamente com as pessoas com quem você está em conflito ou, ainda, com um amigo próximo ou um parente que pode se tornar um intermediário que vai ajudar a estruturar melhor a sua resposta.
E é bom enfatizar que se o problema parecer instransponível ou gerador de emoções intensas e assustadoras, você sempre vai poder recorrer a um profissional de saúde mental para estar com você nessa jornada.
E para aqueles que vão ficar tristes porque não vão conseguir vencer a distância física dessa vez, que tal lembrar que as tecnologias, apesar de nunca substituírem o olho-no-olho e o abraço apertado, podem ajudar muito nessas horas. As telas podem fazer a gente se aproximar um pouquinho das pessoas que a gente sente falta e aliviar um pouco nosso isolamento. Vale tentar!
Aproveito aqui para desejar um Feliz Natal a todos que nos acompanham!