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RIO BRANCO
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GERAL

Fotojornalista conversa com médico e pacientes do PS e mostra a realidade enfrentada diante da SRAG

Publicado em

Foto: Juan DIaz

Após a imprensa local divulgar que nove crianças, que deram entrada no Pronto-Socorro de Rio Branco, foram a óbito, em um intervalo de menos de dois meses, vítimas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), os olhos da sociedade se voltaram para a unidade.

O fotojornalista Juan Diaz esteve no PS, neste domingo, 12, e mostrou a realidade tanto de quem trabalha como de quem está com criança internada.

O médico pediatra Gibson de Souza relatou que todos os leitos estão ocupados e, de 100% dos atendimentos, 80% e por problema respiratório.

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“Hoje não tem dipirona, não tem tramal, não tem sulfato de magnésio para esses quadros graves. Muitas vezes precisamos do sulfato de magnésio para os quadros respiratório grave tipo broncoespasmo, asma e pneumonia e não tem esse suporte. A maioria do suporte que a gente vai dar pra essa criança é entubar. A gente entuba e espera uma vaga na UTI [Unidade de Tratamento Intensivo] pra dar uma estabilizada no paciente”, relata o médico, que frisa ainda que medicamentos, como o aerolin, por exemplo, os pais têm que comprar ou buscar em uma unidade básica.

Gibson conta ainda a triste realidade que servidores e pacientes vivenciam na UTI que são as goteiras em dias chuvosos, como tem sido os últimos dias na capital.

A mãe Nereida Marinho, que acompanha o filho de meses, que está internado na unidade conta ao fotojornalista que viu tantos casos de mães perdendo seus filhos que temia que seu filho fosse o próximo.

Nereide Marinho está com um bebê de meses internado e ela relata ao fotojornalista o medo de viver o que presenciou outras mães viverem. Além disso, ela conta que se viu obrigada a oferecer, aproximadamente, R$ 2 mil para que algum profissional de Rio Branco fosse onde ela estava para fazer um acesso no filho, só não o fez, pois o médico deu outra alternativa e resolveu o problema.

Outra mãe que esta com o filho internado é a dona Gleiciane, que contou ni vídeo que sua criança está há duas semanas com a barriga inchada , vomitando e ninguém descobre o que seja. Ela diz ainda que não acredita se tratar de uma gripe, pois não seria tão devastadora como essa doença está sendo. Para ela, se trata de uma covid e não estão descobrindo.

Juan Diaz conversou com a reportagem do Na Hora da Notícia e disse que sua ideia foi mostrar a realidade do hospital, após uma semana onde todos receberam diversas informações atravessadas sobre o que estaria acontecendo na ala infantil.

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“Foi uma semana cheia de informações sobre a ala infantil do Pronto-Socorro e na primeira oportunidade que tive de ir lá, aproveitei para filmar, conversar com o médico e pacientes para que eles relatassem o que estão passando”, concluiu Diaz.

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