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GERAL

Fundador do MBL defende anexação do Tocantins a Goiás e provoca polêmica nas redes

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O fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, sugeriu a anexação do estado do Tocantins a Goiás durante participação em um podcast do próprio movimento, divulgado nas redes sociais na semana passada e que provocou ampla repercussão, especialmente entre moradores e lideranças tocantinenses.

Na declaração, Renan citou o histórico político do Tocantins e afirmou que, desde 2003, no governo de Marcelo Miranda (MDB), o estado não teria tido governadores que concluíssem integralmente seus mandatos. Em contato com o g1, o dirigente reafirmou a fala, disse que considera o Tocantins um estado “maravilhoso”, destacou o crescimento impulsionado pela agricultura e defendeu que as duas unidades federativas “deveriam ser a mesma coisa”.

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No podcast, Renan foi mais duro: afirmou que o Tocantins não consegue manter um governador no cargo, associando as mudanças frequentes a casos de corrupção. Entre os exemplos que mencionou, está o do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que foi afastado por três meses em 2023 por suspeita de desvio de recursos em contratos de cestas básicas durante a pandemia, mas retornou após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Essa elite política rouba, rouba, rouba, não consegue permanecer no poder e a gente paga. Aí tem que ter três senadores, oito deputados federais. Não vale a pena. Tocantins, volta para Goiás. Deixa Goiás administrar. Vai ser melhor para o Tocantins, para Goiás e para o Brasil”, declarou Renan, que lidera o partido Missão (criado a partir do MBL) e é visto como pré-candidato à Presidência em 2026.

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Além disso, o fundador do MBL classificou a criação do Tocantins como “artificial”. A história, porém, conta outra versão: o estado foi criado com a promulgação da Constituição de 1988, após uma luta popular que começou no século 19. O território pertencia ao norte de Goiás até 1989, e a emancipação foi defendida como forma de reduzir o abandono da região e impulsionar seu desenvolvimento.

As declarações provocaram forte reação nas redes sociais. Moradores do Tocantins criticaram a fala e defenderam a autonomia política e histórica do estado, enquanto alguns usuários de Goiás expressaram opiniões divididas. Ainda não há posicionamentos oficiais de governadores ou lideranças políticas de ambas as unidades federativas sobre o tema.

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