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GERAL

Governo avalia diminuir o número de impostos no Brasil. Entenda

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Governo Lula quer reduzir impostos de cinco para dois. Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O Governo Federal está estudando a possibilidade de diminuir a quantidade de impostos existentes no Brasil. Esta diminuição, aliás, é a ideia central da Reforma Tributária, que deverá ser apresentada em breve no Congresso Nacional. Segundo membros do Ministério da Fazenda, o plano é diminuir o número de impostos de cinco para apenas dois.

Isso não quer dizer necessariamente que os cidadãos brasileiros deverão passar a pagar menos impostos no Brasil em caso de alteração. O plano é apenas simplificar essas cobranças. O Governo avalia que o atual sistema é complexo demais e prejudica tanto os cobradores de impostos, como também as pessoas que pagam os tributos.

Quem falou sobre este tema foi Bernard Appy, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda. Entre outros pontos, ele defendeu que seria cavalar para a economia brasileira a simplificação das cobranças dos impostos no Brasil, e defendeu também que o Congresso Nacional aprove o documento o mais rapidamente possível.

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Minha expectativa é que o Congresso Nacional vai aprovar uma reforma que vai melhorar muito o sistema tributário brasileiro. O que a gente tem hoje é um sistema com cinco impostos federais, estaduais e municipais extremamente complexos. A gente tem uma legislação brasileira extremamente complexa do Pis e da Cofins, do IPI, temos 27 legislações muito complexas do ICMS e 5.570 legislações do ISS”, disse o secretário.

“A ideia é passar a ter um sistema individual. Um imposto federal que seria a Contribuição sobre bens e serviços, um imposto para os estados e municípios e uma legislação uniforme nacionalmente. A simplificação é cavalar em relação ao que nós temos hoje. A base sobre a qual o grupo de trabalho está trabalhando tem duas propostas de emenda constitucional que já estão tramitando no Congresso Nacional”, seguiu ele.

Reforma Tributária

Reforma Tributária já vem sendo assunto de muitos debates desde o início deste ano, mas é a partir desta terça-feira (6) que o tema vai ganhar ainda mais evidência. Está marcada para hoje a entrega da matéria pelo relator da proposta, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Assim como adiantado pelo secretário do Ministério da Fazenda, o texto em questão vai propor a substituição dos atuais IPIPIS, Cofins, ICMS, e ISS pela criação de um Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), que seria dividido entre um tributo de caráter federal e outro de caráter estadual e municipal.

A diminuição da quantidade de impostos parece ter respaldo dentro do Congresso Nacional. A discussão agora gira em torno da alíquota que será cobrada para cada um destes dois impostos novos. O Governo defende uma cobrança maior para manter a arrecadação e a oposição defende alíquotas mais baixas.

Para Appy, o tamanho da alíquota vai depender necessariamente da quantidade de exceções que serão inseridas no texto da Reforma Tributária. Para ele, quanto mais grupos ganharem isenção fiscal, maior terá que ser a alíquota de cobrança dos dois novos impostos.

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“O que eu tenho colocado no Congresso é: quanto mais exceções tiver, maior vai ter que ser a alíquota básica, para poder manter a arrecadação com proporção do PIB. A decisão sobre quais vão ser os tratamentos diferenciados é do Congresso”, disse em evento no mês de maio.

Hoje, o Ministério da Fazenda defende que a alíquota seja de 25%.

Cashback

Outro ponto muito esperado pela Reforma Tributária é o sistema de cashback, que prevê a devolução da cobrança de impostos para alguns cidadãos. De acordo com Appy, famílias em situação de vulnerabilidade social serão contempladas.

“A ideia do cashback é um sistema de devolução do imposto para os consumidores. Qualquer que seja o desenho do cashback, irá favorecer  as famílias de menor renda do que as famílias de maior renda”, explica Appy.

 

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