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GERAL

Governo do Acre declara emergência devido ao aumento de casos de síndrome respiratória

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O governo do Acre declarou situação de emergência em saúde pública neste sábado, 10 de maio, após registrar um crescimento significativo no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), especialmente entre crianças. A medida foi oficializada por meio do Decreto nº 11.688, e busca garantir maior agilidade na adoção de ações assistenciais e administrativas frente à sobrecarga do sistema hospitalar, principalmente nos leitos de UTI pediátricos.

Segundo dados do Boletim Epidemiológico nº 13/2025, elaborado pela Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), até a 18ª semana epidemiológica do ano já foram registradas 872 internações por SRAG no estado. O número se aproxima do total registrado em 2024 (920 casos) e é superior ao observado no mesmo período de 2023 (669 casos). As internações estão concentradas nas cidades de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasileia.

A publicação do decreto permite que a Sesacre reorganize o atendimento nas unidades de saúde, amplie o número de leitos, reforce os estoques de medicamentos e materiais hospitalares, contrate profissionais em caráter emergencial e estreite a colaboração com municípios, unidades da rede privada e o Ministério da Saúde.

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Antes mesmo da oficialização da medida, o governo já havia iniciado ações de reforço, como a expansão da capacidade do Hospital da Criança, em Rio Branco, que desde abril conta com 70 leitos de UTI pediátrica e leitos clínicos de retaguarda. No interior do estado, hospitais também passaram por reestruturações para atender à demanda crescente.

A análise dos casos mostra que a gravidade das infecções está relacionada à circulação simultânea de diversos vírus respiratórios. Entre os agentes identificados com maior frequência em pacientes hospitalizados estão o Sars-CoV-2, rinovírus, influenza A e B, além do vírus sincicial respiratório (VSR). Crianças de 0 a 9 anos e pessoas com mais de 60 anos são os grupos etários mais afetados.

Medidas preventivas e orientações à população

Entre as ações indicadas pela Secretaria de Saúde para reduzir a disseminação das infecções respiratórias estão a higienização frequente das mãos, a lavagem nasal com soro fisiológico, a ventilação dos ambientes e a atualização da caderneta de vacinação. Também é recomendado evitar expor crianças pequenas a locais com aglomeração e limitar o contato com pessoas que apresentem sintomas gripais.

A Sesacre orienta a população sobre onde buscar atendimento, de acordo com a gravidade dos sintomas:

  • Casos leves, com sintomas como coriza e febre baixa, devem ser tratados nas unidades básicas de saúde;
  • Casos moderados, com febre persistente, tosse intensa e respiração acelerada, devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs);
  • Casos graves, como dificuldade respiratória e coloração arroxeada nos lábios, exigem atendimento imediato em pronto-socorro, UPAs ou unidades mistas de saúde.

A bronquiolite, uma das infecções mais frequentes no atual cenário, afeta especialmente crianças menores de dois anos e é uma das principais causas de internação pediátrica nesta época do ano. Os sintomas incluem tosse contínua, chiado no peito, febre e cansaço excessivo.

A Secretaria de Saúde reforça que a mobilização do estado visa garantir assistência durante o período de maior incidência das doenças respiratórias, que historicamente se intensificam entre os meses de abril e junho.

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