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GERAL

IBGE: 60,5% dos municípios brasileiros têm coleta seletiva do lixo

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De acordo com os dados do MUNIC 2023, 60,5% dos municípios brasileiros tinham coleta seletiva do lixo Foto: Imagem ilustrativa/Reprodução

A coleta seletiva de lixo no Brasil teve um saldo positivo segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pela Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados do MUNIC 2023, 60,5% dos municípios brasileiros tinham coleta seletiva do lixo. Isso significa que mais da metade dos resíduos foram separados e descartados corretamente, sendo recicláveis ou não.

A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de resíduos sólidos que separa os materiais recicláveis dos não recicláveis, facilitando o seu reaproveitamento pelos catadores e pelas indústrias de reciclagem. Já a coleta de lixo convencional é um sistema de recolhimento de resíduos que não é diferenciado por tipo, ou seja, todo o lixo gerado é coletado junto e levado diretamente para os aterros sanitários.

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Coleta seletiva em números

Conforme o IBGE, no Brasil, 60,5% das cidades possuíam coleta seletiva de resíduos em 2023. Desse número 3.364 cidades possuem o serviço, enquanto 2.192 não faziam coleta seletiva. Oito cidades não realizavam o manejo de resíduos, e seis não informaram os dados.

Analisando por regiões, o Sul e o Sudeste saíram na frente com 81,9% e 80,6%, respectivamente, de coleta seletiva dos resíduos. O Centro-Oeste apareceu em seguida, com 51,3%. O Norte e Nordeste foram as regiões com o menor índice de coleta seletiva em 2023, com 37,0% e 33,5%.

Disposição adequada dos resíduos

Segundo Fernanda Malta, gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), a principal diferença entre os tipos de coleta é que a seletiva é capaz de dar uma nova finalidade ao lixo que é reciclável, evitando que os materiais reaproveitáveis sejam levados para aterros.

“A gente tem aqui [na coleta seletiva] a pessoa fazendo essa separação, para depois a gente poder fazer um reuso, reciclagem, dar uma disposição adequada para aquele resíduo. E na coleta convencional é tudo misturado. É muito complicado quando você vai ao aterro sanitário – a gente teve a oportunidade de fazer visitas técnicas –, que você vê o caminhão, o monte de resíduo ali, que poderia ter sido selecionado e ter sido utilizado de outra forma, que não ir para o aterro sanitário, e fazer aquelas montanhas de lixo”, explica.

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Para Fernanda, o saldo da coleta seletiva conforme o número divulgado pelo MUNIC 2023 é positivo. “É um indicador bem bom. Ele está acima dos 50%. Então na parte da gestão da coleta seletiva, a gente tem, claro que o Sul tem esse destaque, mas assim, no Brasil a gente tem um percentual alto da gestão da coleta”.

Apesar do número alto, os problemas enfrentados na coleta seletiva ainda não foram investigados nesta pesquisa. Isso porque a análise diz respeito apenas à gestão da coleta seletiva nas grandes regiões do Brasil, e não detalha como ela tem sido feita.

A gerente da pesquisa também destaca o importante papel dos catadores de recicláveis, que colaboram para que o número tenha sido alto no ano de 2023. Esses trabalhadores, cuja profissão é reconhecida na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), são profissionais que se organizam de forma autônoma, informal ou em entidades, para selecionar e vender os resíduos reaproveitáveis.

Tipos de resíduos

De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o lixo pode ser definido em algumas categorias, e separado dentro delas para facilitar o descarte correto e a coleta seletiva. Os tipos são separados por cores, para facilitar a distinção. Eles são:

Azul: papel e papelão;
Vermelho: plástico;
Amarelo: metal;
Verde: vidro;
Preto: madeira;
Laranja: resíduos perigosos;
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
Roxo: resíduos radioativos;
Marrom: resíduos orgânicos;
Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado, não passível de separação.

 

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