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Implanon agora é coberto por planos de saúde; nova opção contraceptiva para mulheres

São Paulo, SP – A partir desta segunda-feira, 1º de julho, os planos de saúde no Brasil passaram a oferecer cobertura obrigatória para o implante contraceptivo hormonal Implanon. A medida, válida para mulheres entre 18 e 49 anos, amplia as opções de métodos contraceptivos de longa duração já disponíveis, como o Dispositivo Intrauterino (DIU).
Como funciona o Implanon?
O Implanon é um pequeno bastão flexível inserido sob a pele do braço, em um procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local. Ele libera continuamente o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona, que impede a ovulação e, consequentemente, a gravidez.
Com duração de até três anos, o dispositivo é considerado o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. A taxa de falha é de apenas 0,05%, inferior à da vasectomia (entre 0,1% e 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%).
Regras e contraindicações
Apesar de sua alta eficácia, o Implanon não é recomendado para mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel.
Entre os possíveis efeitos adversos, estão dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação. Em casos raros, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas no procedimento.
O que fazer em caso de negativa do plano de saúde
Caso o plano de saúde se negue a cobrir o procedimento, a recomendação é que a beneficiária registre uma reclamação diretamente na operadora. Se não houver solução, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve ser acionada pelos canais oficiais.
Implantação no SUS
Em julho, o Ministério da Saúde confirmou a incorporação do implante ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que a rede pública passe a oferecer o método ainda neste ano, ampliando o acesso à contracepção de longa duração para mulheres em todo o país.
