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Jair Bolsonaro recebe título de cidadão rio-branquense e diz que não vai desistir do Brasil

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Bolsonaro recebeu título das mãos dos vereadores Raimundo Neném e João Marcos Luz (Foto: Selmo Melo)

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu o título de cidadão rio-branquense na manhã desta sexta-feira (22), em evento realizado pela Câmara Municipal de Rio Branco no auditório da Federação das Indústrias do Acre (Fieac). O projeto de decreto legislativo é de autoria do vereador João Marcos Luz e foi aprovado por unanimidade pela Câmara.

Ex-presidente foi recebido por vários apoiadores ao chegar no auditório (Foto: Selmo Melo)

“Esse reconhecimento é de mais de 70% dos rio-branquenses que acreditaram e acreditam no presidente Bolsonaro. O povo de Rio Branco será eternamente grato ao presidente Bolsonaro por toda atenção dada à nossa população”, disse Marcos Luz destacando as vacinas contra a COVID-19, o Auxílio Brasil e a Lei de Liberdade Econômica.

O vereador ainda destacou a inauguração da ponte do Abunã sobre o Rio Madeira, que tirou o Acre do isolamento terrestre com o restante do Brasil. “Uma obra parada, deixada pelo PT, o presidente inaugurou e tirou o Acre do isolamento”.

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Bolsonaro levanta título de cidadão rio-branquense (Foto: Selmo Melo)

Ainda durante o evento, o presidente da Câmara de Rio Branco, Raimundo Neném, se filiou ao Partido Liberal na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em discurso, o vereador N Lima destacou os mesmos pontos que Marcos Luz e também deixou claro seu apoio a Bolsonaro e disse que, durante o mandato do ex-presidente, entre 2019 e 2022, “o Acre estourou, saiu do atraso da florestânia e entramos no desenvolvimento do agronegócio”.

O secretário de governo, Alysson Bestene, também participou da cerimônia, representando o governador Gladson Cameli. Bestene foi secretário de Saúde do Acre durante a pandemia da COVID-19 e agradeceu o ex-presidente pelo momento em que o governo federal apoiou o estado.

Alysson Bestene se emocionou ao falar de sua mãe, que faleceu na pandemia e era uma grande fã de Bolsonaro. “Se ela estivesse viva hoje, ela daria um abraço no senhor. Quero pedir que minha irmã Jamille Bestene possa dar um abraço no senhor”, disse Alysson enquanto chorava. O ex-presidente abraçou a irmã de Alysson após o secretário finalizar sua fala.

Bolsonaro abraçou Jamille Bestene (Foto: Reprodução/YouTube)

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, começou seu discurso também destacando o momento da pandemia. “Na hora que nem o caniço tinha, ele (Bolsonaro) deu o peixe. E não quebrou esse país”.

Bocalom disse que Bolsonaro orgulha o país e agradeceu os vereadores pelo projeto que concedeu o título de cidadão rio-branquense ao ex-presidente. “Não tenho dúvida nenhuma de que esse homem merece. Na época da pandemia, nosso governador (Gladson Cameli) falou até em comprar vacina, até as prefeituras, mas não tinha vacinas, não tinha para entregar, as que tinham para entregar, Bolsonaro comprou tudo e distribuiu”, disse Bocalom.

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O senador Márcio Bittar falou sobre obras e serviços entregues no Acre frutos de verbas enviadas pelo governo Bolsonaro. Bittar disse que em qualquer município que ele vai e vê uma obra entregue, lembra que conseguiu por causa de Bolsonaro.

O senador ainda destacou sobre dois áudios que Bolsonaro mandou para ele, sobre um projeto de emenda constitucional de anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro, que incluíam os bolsonaristas presos nas eleições de 2022. Bolsonaro teria solicitado a Bittar a retirada do caso das eleições, que poderia atrapalhar a aprovação do projeto.

Jair Bolsonaro começou seu discurso agradecendo aos vereadores e autoridades presentes. Ele seguiu o discurso dizendo que todos vão para o mesmo lugar um dia, que “ninguém em Brasília é imortal e que vão pagar um dia por suas ações”. O ex-presidente relembrou a infância para falar sobre uma história que faz referência a “traíras”, e que muitos “traíras” (com sentido traidores) se elegeram usando seu nome, mas que vão perder as eleições municipais.

Bolsonaro destacou a liberdade de imprensa e de expressão, e sobre o que ele chamou de narrativas que criaram contra ele, e disse várias acusações que fizeram contra ele se mostraram mentirosas.

“Quase semanalmente eu apanho, a questão dos 200 e poucos móveis do Alvorada, que sugeriram que eu tinha sumido ou furtado, eu apanhei bastante, mas há dois dias a Folha de São Paulo colocou que os móveis estavam lá no palácio, mais uma narrativa desmentida, como essa última sobre ser golpista, golpista por estar na mídia usando dispositivo constitucional”.

Bolsonaro falou sobre acusações contra ele (Foto: Selmo Melo)

O ex-presidente disse que as eleições de 2022 foram estranhas, mas deixou claro que é uma página virada e que a história vai mostrar o que realmente aconteceu. Ele ainda destacou ações sobre seu mandato.

“Passamos quatro anos, pandemia, guerra lá fora, mas não faltou recurso para nenhum prefeito. Havia prefeitos antigamente que ficavam mendigando recursos, agora isso voltou, o amor voltou (referência ao governo Lula)”, destacou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que foi o primeiro presidente que baixou a carga tributária e chegou a zerar impostos federais sobre combustíveis quando os preços aumentaram em todo o mundo. “Mesmo diminuindo impostos, nós passamos a arrecadar mais, mês a mês”. A fala de Bolsonaro faz referência a Curva de Laffer, uma teoria onde, caso a carga tributária seja menor, a arrecadação é maior, enquanto um imposto maior, faz a arrecadação cair.

Em tom mais informal, o ex-presidente ainda brincou sobre falar palavrões. “Quer um presidente ou um marido? Se duvidar até marido fala mais palavrão.”

Bolsonaro também disse que era um saco ser presidente da República. “É de domingo a domingo o tempo todo fazendo alguma coisa, eu só tinha paz quando ia ver meu time de futebol jogar na televisão, só atendia a dona Michelle, e de vez em quando ela vinha me perturbar exatamente nesse horário, parece que adivinha e diz que quer ir no shopping, mas confesso que é melhor estar com ela do que ver um futebol”, declarou o ex-presidente sobre a ex-primeira-dama que está comemorando aniversário nesta sexta (22), um dia após o marido.

Jair Bolsonaro finalizou seu discurso dizendo que não é o salvador do país, mas que quem salva o Brasil é o Papai do céu. Ele disse ainda que poderia estar nos Estados Unidos, onde recebeu uma proposta de ser garoto propaganda.“Eu não vou desistir do Brasil, risco a gente corre, risco em perder a democracia do Brasil”, destacou Bolsonaro, que em seguida recebeu aplausos do público que estava no auditório.

O ex-presidente finalizou seu discurso dizendo que presidente Lula está “caindo por si só”, e brincou ao falar que o atual chefe do Executivo comprou o perfume Jair Bolsonaro para a primeira-dama Janja “cheirar”.

“Muito obrigado pela oportunidade, vamos em frente, não vamos desistir, não vai ser fácil, mas vamos vencer”, finalizou Bolsonaro.

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