O Prêmio Nobel da Paz foi para os jornalistas filipina Maria Ressa e russo Dmitri Muratov, de acordo com anúncio feito nesta sexta-feira (8/10) pelo Comitê Norueguês do Nobel.
“A Sra. Ressa e o Sr. Muratov estão recebendo o Prêmio da Paz por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia. Ao mesmo tempo, são representantes de todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, informou o comitê.
Ressa usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo nas Filipinas. Em 2012, ela foi cofundadora da Rappler, empresa de mídia digital para jornalismo investigativo, que ela ainda dirige.
Muratov defendeu por décadas a liberdade de expressão na Rússia, em condições cada vez mais desafiadoras. Em 1993, foi um dos fundadores do jornal Novaja Gazeta, considerado o periódico mais independente do país. Editor-chefe do jornal há 24 anos, ele já publicou artigos sobre corrupção, violência policial, prisões ilegais, fraude eleitoral e “fábricas de trolls”.
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra. O Comitê Norueguês do Nobel está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a garantir um público informado”, assegurou o comitê.