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Junina Pega-Pega é a primeira quadrilha a fazer apresentação com acessibilidade em Libras
A quadrilha Junina Pega-Pega, apresentou -se na noite de sexta-feira, 15, no 20° Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas, no calçadão da Gameleira, região do Segundo Distrito de Rio Branco.
A junina, que tem em suas lembranças diversos títulos e é a atual representante acreana no último concurso nacional em 2019, trouxe para arena dos folguedos inovação com a inclusão no movimento junino, sendo a primeira junina a apresentar seu espetáculo de forma completa, casamento e dança em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A ideia da inclusão cultural se deu, exatamente, pela temática da quadrilha: “Ê Saudade”.
“A saudade é um sentimento que invade qualquer pessoa, independente das suas necessidades especiais. Todos sentem saudade. A quadrilha vem com essa pegada de inclusão cultural, justamente, para integrar os surdos para que eles possam entender a temática e fazerem as alusões às lembranças que eles têm das pessoas que já se foram, dos amigos, das brincadeiras quando criança, da fase difícil do covid, pois é um público que está cada dia mais presentes nos eventos e guardam tudo de uma forma visual. A decisão de tornar o espetáculo completo partiu da atriz Sandra Bhuh com a iniciativa de gerar inclusão no casamento, pois o grupo já traz um casamento com áudio gravado para contemplar a plateia, mas o anseio de produzir uma apresentação para todos foi maior, porque os surdos guardam as memórias de imagens e não de sons. Com isso, trouxemos uma intérprete para que eles conseguissem sentir a emoção do sentimento de saudade”, explica a Intérprete de Libras integrante da Junina Pega Pega, Luciana Araújo.
A quadrilha existe há 26 anos, a junina mais antiga ativa no movimento junino atualmente. Ela foi a primeira a participar de um concurso nacional, que ocorreu em 2005, desde então agrega em seu currículo diversos títulos.
“Foram meses de trabalho para colocar esse espetáculo na arena e estávamos com muita saudade de fazer o São João, pois foram dois anos de pandemia e só em estarmos aqui, não só nós, mas todas as juninas já são campeãs”, conclui Nathy Lima, animadora da Junina.