Justiça determina liberdade de acusado de tentativa de homicídio no Acre por falta de provas

Na última audiência de instrução e julgamento, o juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, decidiu pela soltura de Carlos Eduardo Lima dos Santos, conhecido como “Dudu”, acusado de tentativa de homicídio contra Waterson Gomes Dantas. A decisão foi tomada devido à falta de provas que ligassem o réu ao crime, que ocorreu em setembro de 2023, no bairro Belo Jardim II, em Rio Branco.

O incidente aconteceu na madrugada de 23 de setembro, quando Waterson Dantas, ao retornar de uma festa, foi surpreendido por um homem encapuzado que disparou 10 tiros contra ele na Rua Recanto das Flores. A vítima foi atingida por seis balas e precisou ser socorrida em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após dias internado, Dantas conseguiu sobreviver ao ataque.

Durante o processo, a vítima afirmou que Carlos Eduardo era o autor dos disparos, alegando que já havia sido ameaçado por ele anteriormente. Além disso, algumas testemunhas relataram que o físico e a voz do atirador se assemelhavam aos do acusado, o que levou à sua prisão em João Pessoa, onde reside atualmente.

Entretanto, na audiência de julgamento, o juiz Alesson Braz declarou a impronúncia do réu, ressaltando que não existiam provas concretas que confirmassem sua participação no crime. “Não há provas efetivas de que o réu tenha sido o autor do atentado”, declarou o magistrado.

O caso agora será encaminhado novamente à Polícia Judiciária para novas investigações, mantendo a expectativa da sociedade sobre a elucidação deste crime violento. A decisão do juiz levanta questões sobre a importância de provas robustas em casos de tentativa de homicídio e a necessidade de um processo judicial que garanta tanto a justiça para a vítima quanto os direitos do acusado.