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Justiça do Acre nega suspensão de audiência de “Jeso”, condenado a mais de 220 anos de prisão

A Justiça do Acre negou um pedido da defesa de Jesuilton Pereira Gomes, conhecido como “Jeso”, para suspender uma audiência de instrução e julgamento. A defesa alegava irregularidades no processo, incluindo a tortura de uma testemunha.
“Jeso” é considerado uma das principais lideranças do crime organizado na fronteira entre Brasil e Bolívia, com atuação em Brasileia, Epitaciolândia e cidades bolivianas como Cobija. Ele foi deportado da Bolívia após cumprir pena no presídio de segurança máxima Chonchocoro, em La Paz, de onde, segundo as autoridades, continuava a comandar atividades criminosas, incluindo execuções.
Extraditado para o Brasil em 2023, “Jeso” enfrenta diversas acusações por crimes como roubos, corrupção de menores, extorsões, sequestros e homicídios. Ele já foi condenado a mais de 250 anos de prisão, com sete assassinatos atribuídos a ele mesmo estando preso na Bolívia.
Após sua prisão no Brasil, “Jeso” foi transferido para um presídio federal devido à sua periculosidade e influência no crime organizado, cumprindo pena que se estende até o ano de 2275.
A audiência que a defesa tentava suspender está relacionada a um homicídio e duas tentativas de assassinato ocorridas em 2022. A defesa alegou que uma testemunha foi torturada para prestar depoimento e que há dúvidas sobre a autoria do crime.
No entanto, a relatora do processo indeferiu a liminar, argumentando que não há elementos suficientes para a suspensão da audiência. A audiência deve acontecer conforme o previsto, aguardando novas informações das autoridades competentes.
