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Líder Extrativista Alerta: Povos da Floresta são os mais afetados pelas mudanças climáticas

Brasília, DF – O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Julio Barbosa de Aquino, defendeu enfaticamente, nesta terça-feira (14), que a próxima Conferência do Clima (COP30), a ser realizada em Belém, representa uma oportunidade crucial para trazer os povos da floresta para o centro do debate climático global.
Aquino participou do evento Pré-COP dos Povos e Comunidades Tradicionais, o primeiro de uma série de quatro encontros que visam debater temas socioambientais relevantes para os seis biomas brasileiros. As conclusões dessas discussões serão levadas à COP30, onde se espera que influenciem as decisões e políticas climáticas.
“Ninguém sofre mais com a questão climática do que as pessoas que moram na floresta e que vivem da agricultura familiar. São essas pessoas que produzem para levar alimento para a cidade”, afirmou Aquino, destacando a vulnerabilidade desses povos aos impactos das mudanças climáticas.
Aquino ilustrou os impactos sofridos pelas comunidades extrativistas, explicando que as alterações climáticas podem tornar os rios intrafegáveis, interrompendo o acesso a alimentos e o escoamento da produção. “Nem os barcos chegam lá com alimento. Nem a produção sai de dentro desses territórios para fazer o comércio. Nem a merenda escolar ou o transporte escolar chegam”, lamentou.
Para o presidente do CNS, a proteção dos rios é fundamental para a sobrevivência das comunidades extrativistas. “Nós não temos extrativista se nós não tivermos o nosso rio protegido. Esse é o grande desafio que nós temos”, enfatizou.
Defesa das reservas extrativistas
Maria Nice Machado Aires, quebradeira de coco da Baixada Maranhense, ressaltou a importância da COP30 para defender e expandir as reservas extrativistas. “Nós temos sido exemplos de fortalecimento da floresta. Até porque nós temos uma política diferenciada que defende o meio ambiente, e a política social e cultural”, afirmou.
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Edel Moraes, secretária
