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GERAL

Linhão em terras indígenas causam danos ambientais e índios querem indenização de R$ 30 milhões

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A situação do linhão de energia elétrica que atravessa a Terra Indígena Noke Koi, em Cruzeiro do Sul, é descrita como “dramática” pelo procurador da República Luidgi Merlo. As obras para a instalação das torres dentro dos 18 quilômetros da terra indígena estão paradas, e há o risco de uma nova rota ser necessária, levando a uma possível decisão na Justiça Federal.

A comunidade indígena alega danos ambientais devido à instalação do linhão e exige uma indenização de aproximadamente R$ 30 milhões. Recentemente, houve a denúncia de que o procurador da República Luidgi Merlo, servidores do Idaf e do Ibama teriam sido feitos reféns pelos indígenas, porém as lideranças da comunidade negaram o sequestro.

Luidgi Merlo explicou que, caso não haja acordo entre as partes em uma nova reunião marcada para o próximo sábado (23), a questão será judicializada. Ele oficiou a empresa responsável pela obra, a Funai e o Ibama para se manifestarem sobre as reivindicações dos indígenas. O procurador ressaltou que a situação é dramática, pois embora o linhão evite o uso de óleo diesel, ele também está provocando danos à floresta durante sua implantação.

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Em termos ambientais, a obra será benéfica por reduzir significativamente o uso de óleo diesel, mas também acarretará impactos ambientais inevitáveis. O Ibama certificou que os impactos seriam minimizados, inclusive para as comunidades indígenas. As reivindicações dos povos Katukina estão sendo analisadas pelo Ministério Público Federal em relação aos danos ambientais que vão além do que estava nos estudos e das licenças prévias emitidas pelo Ibama.

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