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GERAL

Mais de 14 mil pessoas em Rio Branco vivem em áreas de riscos, mostra levantamento

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Até janeiro deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) mapeou áreas de risco em 1.632 municípios brasileiros. Desses municípios, 1.575 foram identificados como áreas de risco alto e muito alto. Até o momento, são 13,5 mil áreas de risco em todo o Brasil.

De acordo com o levantamento, a capital acreana possui 56 áreas de risco em bairros diferentes, o que coloca Rio Branco como a vigésima cidade no ranking de todo o Brasil. A Defesa Civil da capital acreana declara que o número de famílias aproximadas que vivem nessas áreas gira em torno de 5 mil, o que representa uma estimativa de 14 mil pessoas.

O estudo na capital acreana foi feito entre setembro e outubro do ano passado e o número pode ser até maior. “Este levantamento não está completamente finalizado e provavelmente o número seja até maior, cerca de 61 bairros”, explica Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco.

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Júlio Lana, pesquisador em Geociências e geólogo e coordenador-executivo da Setorização de Áreas de Risco, explica que a área de risco é “uma porção ocupada do território sujeita, portanto, a sofrer perdas ou danos decorrentes da ação de eventos geológicos adversos, como os deslizamentos de encostas ou inundações”.

O pesquisador diz que a estimativa é de que essas áreas sejam habitadas por aproximadamente 4 milhões de pessoas.

“É importante ressaltar também que esse número tende a aumentar na medida em que novos municípios sejam mapeados. Ou seja, ele não corresponde ao total de pessoas que moram em áreas de risco no país”, explica o pesquisador.

Ana Ávila, professora da Unicamp e doutora em Engenharia Agrícola, informa que a análise de uma área de risco é feita a partir de estudos baseados nas características geológicas de cada local. “É feito um levantamento de informações de clima, solo, orografia e, com base nisso, é feito então um mapa de risco”, completa Ana.

No último final de semana, o litoral norte paulista foi atingido por fortes chuvas. As cidades mais afetadas foram São Sebastião, Ubatuba, Bertioga, Ilhabela, Caraguatatuba, Santos, São Vicente e Praia Grande.

De acordo com o governo de São Paulo, até o momento foram confirmados 50 óbitos, sendo 49 em São Sebastião e 1 em Ubatuba. 38 corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. Atualmente, a prioridade segue no socorro às vítimas e no fornecimento aos mais de 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados.

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Em nota sobre o acontecimento, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que as ações abrangem o repasse de recursos para aquisição de cestas básicas, kits de limpeza de residências, de higiene pessoal e de dormitório, colchões, redes, refeições para as equipes de trabalho, água mineral, combustível e aluguel de caminhão pipa e de outros veículos.

A pasta também ressalta que serão destinados recursos para limpeza de ruas, desobstrução de bueiros, restabelecimento de estradas e reconstrução de pontes, bueiros, prédios públicos, unidades habitacionais e outras infraestruturas públicas destruídas.

Veja abaixo o quadro com os municípios que possuem os maiores números de áreas de risco no país. A liderança é do município mineiro de Ouro Preto.

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