GERAL
Médica pediatra orienta sobre o uso de xarope tosse
A médica pediatra e neonatologista Amoty Nogueira orienta sobre o uso de xarope para tosse em meio a esse período em que crianças e idosos ficam mais expostas a pagarem gripes e resfriados.
Em um post, no seu perfil a médica fala sobre a tosse ser um mecanismo de defesa do corpo, quando há o desejo de expelir algo que incomoda as vias respiratórias. Diz ainda que ela é eficaz quando um bom volume de ar consegue empurrar as secreções para fora do corpo, ou seja, é um mecanismo de proteção.
“Para isso, é preciso ter certo domínio respiratório, que as crianças pequenas ainda não têm maturidade de realizar. Principalmente, os menores de 2 anos. Ao oferecer expectorantes e fluidificantes, tornamos o muco menos espesso e esse processo de liberação se complica, principalmente nos bebês, que ainda não tem esse mecanismo tão eficaz, levando a acumulação de fluidos, obstruindo ainda mais as vias aéreas, piorando a sensação de desconforto e aumentando taxas de complicações como rinossinusites e aspiração. Além disso, inclusive a bula dos xaropes contraindicam seu uso nessa faixa etária devido o maior risco de complicações”, explica.
A pediatra alerta ainda sobre as marcas mais conhecidas no mercado como: ambroxol, bromexina, acetilcisteína, carbocisteína e guaifenesina terem baixa eficácia.
Amoty orienta ainda o que é preferível fazer e tomar para o tratamento de tosse em todas as idades.
“Para o tratamento da tosse são preferíveis, em todas as idades, a prática da lavagem nasal, elevação da cabeceira da cama ou berço (aquela posição antirefluxo) e o uso do mel. E sozinho, o mel é mais eficaz e seguro que qualquer xarope de farmácia, mas só deve ser oferecido para maiores de um ano”, conclui a profissional.