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Menina foge de reabilitação e mãe denuncia clínica: “Negligência”

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A mãe de uma adolescente de 16 anos denuncia uma clínica de reabilitação particular localizada no núcleo rural Alexandre Gusmão, Incra 9, em Brazlândia, por negligência após a filha dela fugir do local.

Segundo a mulher, que prefere não se identificar, a filha dela está desaparecida desde a madrugada de quarta-feira (26/6), e até agora não foi localizada.

“Eu moro em Unaí, e fui informada pela assistente social da minha região que minha filha havia fugido da clínica. Porém, a instituição apenas registrou a ocorrência do desaparecimento dela na polícia mais de 12 horas depois do ocorrido”, reclama a mulher.

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A adolescente estava internada havia cerca de sete meses na Clínica Recanto, que atende a pacientes psiquiátricos e com dependência química.

De acordo com a mãe da paciente, a clínica estaria alegando não ter responsabilidade pela fuga da menina e informou que não iria procurá-la.

“Estou desesperada. Ela é adicta em recuperação, estava há quase 9 meses sem usar nada. Eu preciso que a clínica se responsabilize e que vá, de fato, procurar por ela. Eles estão se isentando. Minha filha corre risco, ela precisa tomar medicações todos os dias”, alega.

A mulher ainda acusa a clínica de não estar se comunicando com ela e nem repassando informações. “Não me deram nenhuma atenção, não responderam as mensagens e nem me atenderam. Vim pra Brasília por conta própria atrás da minha filha”, conta.

A reportagem teve acesso a uma troca de mensagens entre a mãe da adolescente e a clínica por meio de um aplicativo de mensagens. Na conversa, a instituição afirma que a situação é de responsabilidade da polícia.

“Agora, o caso da sua filha é uma questão que a polícia que tem agir. [..] A clínica fez o que pode. O caso da sua filha é uma questão de polícia”, respondeu a clínica nas mensagens.

Na conversa pelo WhatsApp, o responsável pela clínica diz que a paciente em questão já tinha “história de fugas de outras clínicas que esteve internada”. Porém, a mãe os lembra que eles eram responsáveis legais pela garota, uma vez que era uma menor de idade, sob os cuidados deles. “Não interessa o que já ocorreu. Isso não justifica vocês constatarem a fuga de madrugada e só registraram BO às 14h30”, alegou a mãe.

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Ao Metrópoles a clínica conta outra versão. “A clínica fez a ocorrência policial. Fizemos várias buscas pelas proximidades e continuamos fazendo, e a polícia também vem fazendo”, esclareceu.

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso, por meio da 24ª DP (Ceilândia).

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