Campo Grande ainda se recupera da 1ª tempestade, contabilizando prejuízos da ventania que chegou a 94,5 km/h e a média de chuva de 115,5 milímetros, de acordo com a meteorologia. Tudo isto sem falar das milhares de árvores que caíram na cidade e o trabalho para restabelecer a normalidade envolveu uma força tarefa com atuação das concessionárias de abastecimento, Defesa Civil e a prefeitura. Só que um novo alerta aponta ainda mais chuva no próximo domingo (24).
Segundo o Climatempo, áreas de instabilidade voltam a espalhar fortes temporais no estado de Mato Grosso do Sul. Os modelos meteorológicos apontam uma combinação de fatores: sistema de baixa pressão atmosférica que se forma entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul e uma frente fria que passa na altura do sudeste e canaliza a umidade que vem da região norte e atravessa o estado.
Ao longo do domingo (24), a forte incidência de temporais gera risco iminente de vendaval e a possibilidade de levantamento de poeira novamente. Serão cerca de 75 milímetros na capital sul-mato-grossense. No estado, serão chuvas entre 50 mm e 80 mm.
Na última tempestade, que ocorreu no dia 15 de outubro, a meteorologia apontou a média de 115,5 mm, contabilizando 103,2 mm na Vila Popular, 109,4 mm nas proximidades do Shopping Campo Grande, 127,8 mm na região do Morenão, 143 mm no bairro Santa Luzia e 99,8 mm no Jardim Panamá. O esperado, no entanto, era de 147,9 m.
Árvore caiu em cima de restaurante por volta das 5h30 (de MS), diz proprietário — Foto: Redes Sociais/Divulgação
No dia 14, inclusive, choveu 65 mm e estragos já haviam sido contabilizados em Campo Grande. Um deles, por exemplo, foi um restaurante na avenida Bom Pastor, região central da cidade. No local, uma árvore caiu no teto do estabelecimento comercial, por volta das 5h30 (de MS).
O empresário Thiago Coco, de 37 anos, disse que estava dormindo em casa, quando passou a receber fotos dos vizinhos e foi até o local.
Nuvem de poeira
Conforme a meteorologia, o tempo seco dos últimos dias no estado provocou queda na umidade do solo. O centro, norte e oeste do estado registram valores entre 10 e 40% de umidade em solo. O lençol freático está muito baixo e o solo superficial seca rapidamente.
Novamente, a combinação destes fatores, como a chegada de temporal, vendavais, e solo seco gera a possibilidade da formação de nova nuvem de poeira, mesmo que de forma menos intensa que a observada na semana anterior.
Moradores de diversas regiões de Campo Grande registraram nuvem de poeira. — Foto: Redes sociais