Internamente, houve uma queda de braço entre a ala política e a ala econômica do governo, que, no final, venceu, diante da perspectiva de impacto das contas públicas. Haddad defende o fim da desoneração como forma de minimizar o rombo nos gastos públicos previsto para 2023.
Por outro lado, a ala política do Planalto, capitaneada por Lula, que manteve a não cobrança de impostos até para não gerar mais inflação, verá uma retomada gradativa da oneração de todos os combustíveis.
Três pilares
A Fazenda ainda explicou que a escolha pela oneração busca respeitar três pilares: ambiental (onerando mais os combustíveis fósseis), o social (penalizando menos o consumidor) e o econômico (preservando a arrecadação).
Em meio à discussão interna no Planalto sobre os impostos dos combustíveis, há espaço para o debate quanto à política de preços da Petrobras. Gabriel Galípolo, secretário-executivo da Fazenda, foi às pressas para o Rio de Janeiro com o objetivo de se reunir com Jean Paul Prates, presidente da estatal, e toda a diretoria.