GERAL
Ministro Marcelo Queiroga diz que não deixará faltar medicamento para tratar Covid
Após o Ministério da Saúde aprovar o primeiro medicamento para tratar Covid-19, o líder da pasta, Marcelo Queiroga, garantiu que o governo possui estoque do remédio baricitinibe e que “vai comprar o quanto seja suficiente para recuperar a saúde dos brasileiros”. A declaração foi feita a jornalistas nesta segunda-feira (4).
O baricitinibe será disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para tratamento de pacientes adultos internados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu aval para o uso do medicamento em casos graves da doença, acrescentando a indicação da bula. A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) recomendou o uso, tendo o Ministério da Saúde acatado a proposta.
“Esse medicamento mostrou em estudos randomizados a capacidade de diminuir em mais de 30% a mortalidade por Covid”, declarou Queiroga. O ministro ainda ressaltou que a pasta trabalha na avaliação de outros fármacos e citou o caso do remdesivir, que teve o uso aprovado pela Anvisa mas não chegou a ser incorporado ao SUS pelo alto custo do tratamento. “Há outros medicamentos que estão sendo testados, e inclusive com registro, já aprovados em caráter emergencial, e que são motivo da avaliação no âmbito do Ministério da Saúde.”
Queiroga pretende incorporar os medicamentos à elaboração de uma diretriz terapêutica voltada a pacientes com Covid-19. A ideia é incluir os remédios no âmbito do recurso que pede à pasta que volte atrás na decisão de barrar as orientações aprovadas pela Conitec. Na avaliação de Queiroga, a incorporação é um dos pilares para decretar o fim do estado de emergência de saúde no Brasil. Para uma flexibilização, a pasta leva em conta, ainda, a análise do cenário epidemiológico e a capacidade do sistema de saúde em atender pacientes com Covid.
“São as três condições para que as medidas restritivas — como isolamento e uso de protetores de barreira como as máscaras — possam ser flexibilizadas e, em curto espaço de tempo, possa se encerrar a emergência sanitária de importância nacional”, disse Queiroga, destacando que a mudança no status não significa que a Covid vai acabar e que, antes, é preciso garantir que as políticas públicas para combater a doença sejam preservadas.