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Morre em Brasília gêmeas siamesas de casal de agricultores acreanos
A tragédia abateu a família do casal Alice Fernandes Brito Silva, de 18 anos, e Adriano Silva Fernandes, de 22 anos, com a triste notícia do falecimento das gêmeas siamesas Aylla Sophia e Allana Rhianna, ocorrido na manhã desta quinta-feira, 9, em Brasília. As bebês, nascidas no último dia 3 de forma prematura por meio de parto cesariano, não resistiram devido à condição extremamente complexa em que nasceram, unidas pelo tórax e compartilhando coração, fígado e intestino.
Desde o nascimento, as gêmeas enfrentaram um prognóstico desolador de sobrevida, e os médicos não puderam encaminhá-las para a incubadora devido à gravidade da situação. Apesar da esperança da família, o quadro das bebês se deteriorou rapidamente, e elas precisaram ser mantidas permanentemente no oxigênio.
A mãe, Alice Fernandes, expressou o desejo de trazer as filhas de volta ao Acre para que pudessem ser conhecidas pelos familiares antes do trágico desfecho, porém, a dificuldade em obter uma UTI aérea impossibilitou a realização desse último desejo. A jornada da família, moradora do ramal Santa Luzia, no Seringal Apodi, em Brasiléia, foi marcada por uma busca desesperada por cuidados médicos adequados desde o início da gestação.
A descoberta da gravidez de gêmeas siamesas foi um choque para Alice, que inicialmente foi informada de que esperava apenas um bebê. A falta de esclarecimento sobre a condição rara da gestação gerou um cenário de incerteza e angústia, culminando na jornada em busca de assistência médica especializada em Rio Branco e, posteriormente, em Brasília.
A história da família, divulgada pela imprensa local, sensibilizou a comunidade e trouxe à tona a importância do acesso a informações claras e apoio adequado em situações tão delicadas. O drama vivido por Alice, Adriano e suas filhas deixou marcas profundas e ressalta a necessidade de um sistema de saúde mais acessível e sensível às necessidades das famílias em momentos de vulnerabilidade.