Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Mortes continuam em Terra Indígena Yanomami

Publicado em

Quase um ano após Lula dizer que Jair Bolsonaro abandonou os Yanomamis, praticamente nada mudou na maior terra indígena do Brasil. Em 2022 foram registradas 343 mortes de indígenas na região, 35 a mais que durante o primeiro ano de mandato do presidente petista, que registrou 308, 53% dessas mortes, em 2023, foram de crianças. Os dados são do Ministério da Saúde e foram compilados pelo portal G1.

Lula fez uma declaração, nesta terça-feira, 9, dizendo que o país não pode “perder a guerra” contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomamis na Amazônia. Se passarem 12 meses e ele ainda não começou o combate contra. Em janeiro do ano passado, ele decretou estado de emergência de saúde pública na região.

O G1 identificou que o povo yanomami continua vivendo em situação de precariedade. Como em 2022, no início deste ano as imagens de crianças doentes, desnutridas, com ossos à mostra se repetem. A maioria das mortes na região são causadas por malária, pneumonia e desnutrição.

Continua depois da publicidade

Uma das fotos da reportagem mostra uma criança de 1 ano e 9 meses com 5,3 kg, que é o peso de um bebê de três meses, segundo a Organização Mundial da Saúde. Uma outra imagem mostra uma criança de 4 anos com 6,7 kg, o mesmo peso de um bebê de cinco meses.

Segundo Dário Kopenawa, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, que foi ouvido pelo portal, o garimpo ilegal segue a todo vapor na região.

“Os Yanomami ainda estão morrendo, enquanto o garimpo trabalha livremente e a saúde Yanomami está ruim. Não melhorou. O garimpo minimizou em três meses, mas depois voltou de novo”, diz Kopenawa à reportagem.

O Ministério da Saúde informou que em dezembro, havia apenas 7 médicos para atender a população de 31 mil indígenas yanomamis. Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Yanomami (Condisi-Y), diz ao G1 que o cenário no território é de “dor, doença e caos“.

Em maio do ano passado, Crusoé alertou sobre o crescimento da violência na região indígena.

Na época, uma mulher venezuelana foi encontrada morta com sinais de enforcamento. A violência atingiu principalmente garimpeiros que, quase quatro meses após a visita presidencial ao local, continuaram atuando ilegalmente na área. No início de maio, os corpos de oito garimpeiros foram encontrados numa área de extração de minério.

Continua depois da publicidade

Um ano do governo petista, foi mais um ano de perdas e calamidades para o povo Yanomami.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress